Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

O chefe



Quando Lalau( ou teria sido Millôr?) bradou, 'Basta de intermediários. Lincoln Gordon pra presidente do Brasil!', nacionalistas de merda, da laia daqueles vigaristas que foram às ruas bradar contra a corrupção mais recentemente, viram naquela frase uma ofensa à soberania brasileira. À época, as informações a respeito da ingerência do embaixador estadunidense no golpe de 1964 eram de restrita circulação, daí o espanto causado.

Comparando com o golpe de 2016, percebe-se que estamos cada vez mais precisando de alguém suficientemente perspicaz que brade, 'Chega de Temer. O golpista mor é Eduardo Cunha e este deve estar à frente desse troço!'.

Cunha, através de seu preposto Temer, já nomeou um jagunço que comandava a milícia da Opus Dei, em São Paulo, pro Ministério da Justiça, nomeou um dos seus advogados como sub chefe da Casa Civil, nomeou outro causídico em outro cargo bem pertinho do preposto, capaz de vigiar-lhe os passos e faze-lo andar miudinho e bem de acordo com os desígnios do chefe de fato.

Agora, pra coroar o mandonismo cunhista, foi nomeado líder do governo golpista na Câmara Federal um dos mais notórios mastins dessa matilha. Significa que, diante de tantas pendências do verdadeiro chefe da quadrilha que assaltou o poder e colocou seu mordomo aparentemente à frente, a meta prioritária é retirar os obstáculos ora colocados a fim de preparar a volta do capo ao comando do covil.

Se a justiça brasileira fosse digna de credibilidade, e não a cara de um jagunço togado que vive a vociferar diatribes politiqueiras, poder-se-ia até dizer que esses planos darão com os burros nágua. No entanto, diante da omissão e subserviência à onda golpista, salvo raras exceções que só confirmam a regra, é certo que estaremos à mercê desse conluio de bandidos, que a cada dia que passa fica mais audaciosa e vai revelando seus planos de assalto.

Enquanto isso,de Barcelona a Caracas; de Londres a Montevidéu; de Moscou a Santiago do Chile,enfim, nos quatro cantos do mundo, vemos o Brasil ser ridicularizado por conta da montagem de uma colossal e audaciosa farsa,em que uma presidenta honesta foi apeada do poder por uma gangue de malfeitores,em nome da moralidade administrativa. Credo!

 

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