Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 12 de abril de 2016

O beijo como véspera do escarro na cara do povo brasileiro



O chamamento de Temer, em sua patética fala, à união nacional segue a velha tradição golpista, Sem votos, a primeira providência que tomam é tentar calar os que não se submetem. Então começam a falar em nome do povo, a chamar de impatriótica a insubmissão. Como os golpistas de 1964, que derramavam sangue da oposição a força e diziam que protestos eram coisa de um passado superado e que aquele tipo de atitude não cabia no "novo país".

Certamente que essa artimanha do traidor em tela não passa de clamor na direção dos detentores do aparato bélico nacional, como forma de mascarar a ilegitimidade. Com repressão, fica mais fácil dizer que a rebeldia é coisa de minorias. Vide o discurso do escroque Roberto Jefferson, ontem à noite naquela orgia televisiva em que se transformou o programa Roda-Viva. Jefferson sugeriu ao usurpador começar, caso tenha êxito o golpe, seu consulado pela repressão aos movimentos sociais.

Resta saber se as Forças Armadas estarão unidas em torno de uma usurpação ilegítima que, diga-se, não se instalará segunda feira(18), pois a Câmara apenas confirmará a denúncia contida no enlameado relatório Jovair, cabendo ao Senado federal julgar a presidenta por crime de responsabilidade.

Em 1964, recorde-se, nenhum político da direita conspiratória conversava mais com o embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, ou viajava para os states quanto o marechal Castelo Branco, daí ter sido este o primeiro ditador de plantão. Percebe-se, todavia, que os atuais golpistas não passam de vassalos de milionários ultra conservadores encastelados no jurássico Partido Republicano, quase sem qualquer influência política sobre o atual governo estadunidense.

Nesse sentido, é provável que estejamos sob a égide de métodos tipicamente paraguaios de assalto ao poder, escudado em meia dúzia de fascistas togados e uma considerável parcela do Congresso Nacional sob o comando facinoroso de um assaltante audacioso. Por isso, dependendo do resultado da votação do dia 17 próximo, há grandes possibilidades do Brasil ser atirado à guerra civil, tudo porque setores tradicionalmente assaltantes dos cofres públicos veem essa como a hora de praticar a mais audaciosa investida delinquente

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