Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 12 de abril de 2016

De vice decorativo a estadista de fancaria



Quando Janio Quadros renunciou, em agosto de 1961, o vice presidente João Goulart nem no Brasil estava. Janio havia brigado com o Congresso e com figurões de seu partido(UDN), que queriam mais ou menos o mesmo que o cunhismo/temerismo quer. Não que o homem da vassoura fosse diferente. Apenas achava, com boa dose de razão, que o cargo e sua votação o cacifavam a comandar a política de seu partido.

Jango tinha a vantagem de ter sido eleito. Sim, naquele tempo a eleição era descasada e o vice era filiado ao PTB e adversário político do presidente eleito, já que disputou o cargo como vice do marechal Lott(PSD), derrotado por Janio. Jango tinha muito prestígio como ministro do trabalho de Juscelino e foi já em seu governo que foi criado o 13º salário, que mereceu matérias furibundas contra a medida, principalmente do imundo papelucho direitista alcunhado de O Globo.

Hoje temos um vice-presidente ungido ao cargo talvez sem ter levado um número de votos à chapa vencedora que talvez não preencha sequer os dedos de uma das mãos, a julgar pela atitude da filha do indigitado que preferiu romper com o pai e continuar servindo à administração Haddad. No entanto, é esse sacripanta que dirige-se à nação brasileira como se fosse um estadista, quando não passa de reles golpista.

Pior é ver as gangues midiáticas movidas pela mesma ambição e falta de caráter demonstradas em 1964, atacando governo e governistas que ousam enfrentar essa patranha operada por mafiosos. O mesmo banditismo, em nome da mesma "democracia" saudada antanho, é invocada por esses bandidos e com a mesma desfaçatez.

Entretanto, esquecem-se que o quadro é diferente e o STF, salvo a posição isolada do malsinado Gilmar Mendes, parece não ter a menor disposição pra repetir o papel acovardado dos ministros de 1964. Além disso, as Forças Armadas permanecem fiéis ao seu papel de guardiães do estado democrático de direito, logo, garantidoras daquilo que o STF decida, caso o golpe paraguaio/parlamentar consiga improvável vitória no próximo domingo.

Felizmente. como dizem os membros da ONU, é hora de preservar aquilo que foi duramente conquistado há trinta anos. E essa parece ser a disposição do povo brasileiro demonstrada nas redes sociais e nas mobilizações que começam a levar cidadãos e cidadãs a Brasilia. Felizmente.

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