Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Recado a um celerado

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(Foto/247)
Alexandre Gracinha, esse piranhão da ditadura fora das águas que correm no rio da democracia brasileira sentenciou "Temos que pensar na qualidade do ensino. Aqui no Brasil ele é todo assim por pistolão, empurrãozinho, ajuda. A tradução disso é cota. Aí põe lá um monte de gente... só 67%, você viu aí, passaram por mérito. Estão aprendendo como é a vida, a concorrência, sem nenhuma humilhação de receber empurrãozinho. O mérito é a base".

Que moral tem esse bandido pra falar de educação de qualidade, ele que foi reles porta-voz de truculentos gorilas que cagavam e andavam pra educação do povo brasileiro, tanto que mandaram pra fora do país Paulo Freire, Darci Ribeiro, Josué de Castro, Florestan Fernandes e tantos outros pensadores da complexa realidade brasileira, e brindaram o país com um sistema educacional caricato, cujo carro chefe era o famigerado Mobral para os pobres e uma universidade elitista para os  os do andar de cima.

Vale a pena ir no facebook e ver o recado que aquela professora de escola pública do Distrito Federal manda pro pulha Garcia. Um recado certamente dado por toda a população brasileira que percebe e vive os novos tempos da educação no país, em que segmentos sociais historicamente segregados pela impiedade de governos elitistas adentram a universidade e já começam a disputar mercado de trabalho com os "dotô" filhinhos de papai.

Esse celerado é do tempo que bolsa de estudo era concessão de parlamentar pra quem tinha pistolão e isto justificava a condição de certas universidades particulares serem chamadas de filantrópicas, livres de tributos. Quem acabou com essa sacanagem da qual o meliante Garcia era cúmplice foi justamente Lula, com o ProUni, que obrigou a contrapartida proporcional na cessão de vagas pelos benefícios fiscais obtidos.

Nesse momento ímpar vivido pelo ensino no país, em plena expansão democrática que vai do Pronatec ao Ciência sem Fronteiras, ouvir um biltre dessa laia falar de pistolão só desperta indignação, embora não se pudesse esperar outra coisa de um serviçal da empresa que é contra o reajuste do salário mínimo, foi contra a criação do 13º salário e todas as conquistas sociais obtidas do século passado aos nossos dias. Tudo esperneio de uma casta acostumada a mamar nas tetas do dinheiro público e viver a falar contra o estado. Estão tendo que engolir!

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