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Tudo bem. É até compreensível que o debate comece o quanto antes, no entanto, o anúncio logo em cima da reaproximação do governo com sua base social foi uma tremenda bola fora. Até mesmo porque a fórmula 85/95 significa avanço em relação ao famigerado fator previdenciário e tem vigência prevista até 2018, logo, falar vagamente de um assunto por si só antipático não foi boa ação política.
Penso que o governo está na obrigação de divulgar os avanços sociais de 2003 pra cá e mostrar a repercussão disso nas contas da previdência. Maior expectativa de vida, aumento do poder aquisitivo, aposentadorias do meio rural, dentre outros fatores. Ou seja, dar um enfoque à discussão pela ótica do trabalho, e não como fez a turma da privataria, que tratou o tema como a necessidade de se livrar de um estorvo causado por quem trabalha e faz deste país a grande nação que atualmente é.
Com efeito, tratar de idade mínima bruscamente, como se imediatamente as regras atuais fossem mudar, principalmente para quem já está na reta final de sua trajetória laboral, só serve pra provocar pânico e desgaste do governo. Principalmente diante de uma mídia sórdida que embalou o mal entendido disseminado no meio da sociedade de que, a partir de então, trabalhadoras só poderiam aposentar-se com 85 anos; e trabalhadores com 95 anos. Todo cuidado é pouco.
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