"Historiador". Mas pode chamar de caluniador, injurioso e infamante

(Foto/247)

Um historiador virar réu em processo pela prática dos crimes de calúnia, injúria e difamação e o clímax da desmoralização na medida em que reflete práticas por parte de quem tem a obrigação de fidelidade aos fatos. Mais até que um jornalista, um historiador tem como matéria prima um objeto que almeja a posteridade, o longo prazo e um conjunto de fatos que tendem à inserção em u futuros processos científicos.

Nesse sentido, o professor de história, parece ter renunciado ao status de historiador, Marco Antônio Villa inscreve seu nome de forma deplorável na historiografia do país ao deixar de lado o universo factual, passando a enveredar pelo caminho das ofensas a desafetos. E tudo isto movido pela intolerância política e preconceito social. Pior, fazendo suas sandices vociferadas por pequenos segmentos direitistas que vão às ruas vomitar todo o seu preconceito contra Lula.

Que esses grupelhos agissem dessa forma seria até compreensível na medida em que isto reflete a deformação intelectual de quem desgraçadamente não pôde ir além da doutrinação fundamenatalista de seus gurus. Agora, um acadêmico acostumado a debates, ao contraditório e o ambiente arejado como o da Universidade de São Carlos não tem o direito de descer tão baixo ao esgoto da politicagem.

Mais grave será a condenação oriunda do processo movido por Lula. Não apenas para ele, Villa, mas um estorvo para aqueles que terão o desprazer de frequentarem suas aulas, sempre premidos pela dúvida de estarem sob os 'ensinamentos' de um furibundo direitista ou se estão diante de um professor que se submete aos fatos históricos encarando-os como fenômenos científicos. Triste!