Uma boa notícia atrás da outra. Primeiro, o G20, grupo formado pelas vinte maiores economias do mundo (19 países mais a comunidade europeia), anunciou em nota a possibilidade de conseguir um crescimento adicional de 2,1% dos produtos internos brutos (PIB), nos anos entre 2015 e 2018. Depois, a presidenta Dilma Rousseff conseguiu retomar a liberação da venda de carne brasileira para o mercado interno chinês.
Desde 2012, a China havia parado de importar carne brasileira, sob alegação de risco causado pela suspeita de registro do Mal da Vaca Louca, no Paraná. A retomada das exportações brasileiras para o mercado chinês foi oficializada com a assinatura de um protocolo entre a presidenta Dilma e o presidente Xi Jiping, na noite de sábado, em um intervalo da reunião de cúpula do G20, em Brisbane, na Austrália,
O protocolo bilateral vai permitir ao Brasil um ganho adicional com a exportação de carne de US$ 800 milhões a US$ 1,2 bilhão, em 2015 (entre R$ 2 bilhões a R$ 3,1 bilhões), segundo estimativas do governo.
Desde julho, após visita do presidente chinês ao Brasil para uma reunião dos Brics (conjunto de países em desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o ministro Neri Geller (Agricultura) anunciou a suspensão do embargo, agora formalmente concretizado. Outro tema que Dilma e Jiping abordaram em Brisbane foi a venda de aviões brasileiros da Embraer para aquele país.
Comunicado – O comunicado do G20 foi publicado no domingo (16) após dois dias de reuniões da cúpula na Austrália. Para o grupo, o crescimento adicional de 2,1% até 2018 acrescentará US$ 2 trilhões (mais de R$ 5 trilhões) à economia global e poderá gerar mais empregos.
O G20 também aposta no maior desempenho econômico mundial, por meio do aumento de investimentos, ampliação do comércio multilateral e da competição comercial, de forma a impulsionar o mercado de trabalho.
Os países do grupo se comprometeram a reduzir a diferença de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. O objetivo é incluir mais de 100 milhões de mulheres, até 2025. Considerado “inaceitavelmente alto”, o combate ao desemprego entre jovens também foi alvo de compromisso da cúpula.
O comunicado do G20 defendeu mais estabilidade e taxas justas do sistema financeiro internacional. A presidenta Dilma, em um encontro paralelo dos Brics, na Austrália, lamentou terem sido frustradas as expectativas de recuperação da economia mundial desde o último encontro do grupo, realizado no Brasil.
Outros temas abordados pelo documento do G20 foram energia e clima. Os países se propuseram a aumentar a eficiência energética para atender à necessidade de crescimento sustentável e desenvolvimento. Também manifestaram apoio a ações para enfrentar as mudanças climáticas propostas na última conferência da Organização das Nações Unidas sobre o assunto. Mas criticaram a demora da ONU em promover reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI).
(Agência PT)
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