Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 11 de março de 2014

A CPI da Pró-Saúde é uma necessidade.

CPIs não precisam necessariamente botar atrás das grades agentes públicos, para que não sejam acusadas de terminar em pizzas. O que produz o gosto amargo da impunidade é o enxerto em sua massa, a quando do preparo, do fermento oficialista que neutraliza qualquer tipo de investigação e provoca a reação do consumidor(sociedade) em atirar atirar ao lixo seu produto final.
Por isso, a anunciada instalação da CPI da Pró-Saúde, requerida pelo deputado Edmilson Rodrigues(PSOL), com boas perspectivas de obter um número folgado de assinaturas necessárias à sua instalação, não precisa visar a punição mais gravosa do governador do estado ou do secretário de saúde, este, um médico de conduta inatacável, apenas vítima do mandonismo paralelo exercido por senhores e senhoras feudais de branco, produtores desses arranjos administrativos que visam exclusivamente drenar recursos do SUS à medicina privada, em flagrante prejuízo ao atendimento dos que mais necessitam da saúde pública no Pará.
Talvez esse seja o ganho mais notável que essa CPI pode legar ao povo paraense. Mais do que prender quem quer que seja, fazer abortar certos procedimentos indecorosos passados à opinião pública como modernos, quando, de fato, não passam de ardis cuja finalidade é dar à raposa a administração do galinheiro, isto é, colocar na mão de uma entidade médico/privada a gestão de uma fábula de recursos públicos, sem que essa dinheirama minore o sofrimento da população.
Recordemos que isso explodiu quando o Hospital Metropolitano de Belém ficou pronto e o governo do estado(tucano) colocou à frente de sua administração a entidade mantenedora da faculdade que atende pela sigla de CESUPA, mesmo com essa entidade impedida legalmente de assumir a tarefa, já que estava inadimplente com o INSS, inadimplência que se irradiou a outros clientes lesados, tanto que a governadora Ana Júlia teve que cortar recursos, pois nem a luz elétrica que o hospital consumia a administração honrava o pagamento, daí surgindo o distrato contratual.
Diante de exemplos como esse, é obrigação do agente público agir com o mesmo rigor contra um ente privado contratado, que agiria em relação a uma equipe de funcionários de carreira que estivessem na direção desses hospitais públicos. Como declara o deputado Edmilson e o 'Diário do Pará' noticia hoje, é, no mínimo, estranho que um contrato dessa natureza obtenha reajuste na ordem de 30%, apesar de reduzir seu atendimento ao público, assim como o repasse de bilhões em  recursos, quando mais de 90%  das metas pactuadas não foram alcançadas. Ora, se isso faz parte da rotina da administração estadual nada mais oportuno do que o recurso a um instrumento que tem poder de colocar freio nessa excessiva bonomia às custas dos cofres públicos. Simples assim!

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