Jogando gasolina pra apagar o incêndio

O governo do estado anuncia que contratará professores temporários para substituir os que se encontram em greve, cortará o ponto dos faltosos e descontará os dias parados daqueles que não retornarem às salas de aula.
Ou seja, o governo demonstra total insanidade nas medidas tomadas, após colocar nas mesa de negociação recorrentemente sua limitação de caixa, na contramão dessa limitação, vai abrir o cofre e gastar adoidado, desde que isso sirva para enfraquecer o movimento.
Claro, ainda que desconte os salários dos faltosos, terá que pagá-los proporcionalmente o décimo terceiro salário, assim como terá que fazer em relação aos novos contratados. Terá que pagar proporcionalmente férias aos temporários que recrutar, somando-se esse custo ao da obrigação semelhante que terá com os efetivos.
Pior, caso seja mantido o caráter legal da greve, aliás, como já decidido monocraticamente pelo ministro Luís Roberto Barroso, ao derrubar decisão de juíza do TJE, aí, sim, que a coisa vai piorar, pois todos os descontos anunciados pelo governo virarão pó e os custos de sua truculência serão quase que dobrados, dependendo do período que perdurar a greve, que, por sua vez, depende da intransigência, inspirada pela burrice que move o governo de Simão Lorota. Triste!