Em represália ao reconhecimento da Palestina como Estado observador pela
ONU, Israel já tinha anunciado a expansão de suas colônias nos
territórios ocupados na Cirjordânia. Neste domingo, o ministro das
Finanças israelense anunciou que não irá transferir mais de 93 milhões
de euros das receitas fiscais da Palestina.
"Não penso transferir
o dinheiro este mês, vamos utilizá-lo para pagar as dívidas da
Autoridade Nacional Palestina (ANP) contraídas junto da empresa de
eletricidade (de Israel)", disse Yuval Steinitz à Radio Israel. Todos os
impostos e taxas dos produtos que entram em território palestino, bem
como sobre o rendimento dos palestinos que trabalham em Israel, são
retidos mensalmente por Telaviv e representam mais de metade do
orçamento da ANP.
Esta não é a primeira vez que Israel congela os
pagamentos das receitas fiscais à Palestina, provocando a falta de
liquidez e salários em atraso para os funcionários públicos na
Cisjordânia e em Gaza. Há um ano, quando a UNESCO acolheu a Palestina,
os pagamentos foram congelados. Desta vez, o estrangulamento financeiro
da frágil economia palestina surge como mais uma represália por ter
avançado com o pedido de reconhecimento por parte das Nações Unidas,
votado na quinta-feira com apenas nove países a votarem contra.
(Extraído do Carta Maior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário