O editorial de hoje de O Liberal é aquele libelo recorrente que os conservadores saudosistas do moribundo neoliberalismo desfiam no muro das lamentações. Seus ingredientes são o moralismo hipócrita de quem condena nos outros aquilo que comunga entre os seus. Para o governo federal, por exemplo, os acordos políticos para preenchimento de cargos é relação fisiológica; já para D. Costa e Simão Lorota, cujas burras abastecem generosamente o caixa da empresa apologética do moralismo udenista, os olhos são bem mais benevolentes com o jogo jogado. Exceção óbvia aos barbálhicos, que os donos do Lib queriam ver longe, mas dele Lorota não abre mão na medida em que sabe da sua pouca capacidade de resistência ante uma mídia tão sensacionalista.
De quebra, o pachorrento escrito ainda traz nas suas entrelinhas a velha defesa do estado mínimo, esta umbilicalmente ligada à épica missão do mercado como panacéia da sociedade. Mas, com esse defunto, não gastemos nossas velas na medida em que a quebradeira geral no mundo dito desenvolvido já atestou o quão idiota é esse mantra. Não fosse a mão providencial do estado e hoje é possível que tivéssemos algumas dessas ditas nações de primeiro mundo mais estragadas do que ficaram a quando da ação do monstruoso Hitler.
Diante de escrevinhamentos tão inúteis, compreendemos o por quê de vermos pilhas e pilhas desses gigantescos papeluchos encalhados nas mãos de um sem número de jornaleiros. Ninguém tem saco pra tanta sandice.
5 comentários:
E ainda tem um Articulista desta pocilga querendo ser o candidato do PT à prefeitura de Belém.
A imprensa do Pará está como o banho que o Barata mandou dar no Paulo Maranhão. Barata, aliás, é um dos fundadores de O Liberal, que Rômulo adquiriu depois e fez da publicação a sua chave-mestra. Porém, a herança política do Baratismo ficou com os Barbalho, donos do Diário do Pará, que concorre ferozmente com o jornal dos Maiorana pelo primeiro lugar em tudo: falta de conteúdo, descompromisso com a verdade e extrema acidez contra o adversário. O jornalismo praticado pelo Diário só é comparável com as páginas do Sila Assis e do Haroldo- ambos trabalharam na Folha dos Maranhão - e o Paulo Carvalho - os três já morreram. Por isso, não tem anunciante, mas reféns.
Um bom exemplo da picaretagem do Diário: domingo, uma matéria do Carlos Mendes, repleta de adjetivações e nenhuma informação substantiva, tentava demolir a ainda provável candidatura do deputado Puty à prefeitura de Belém.. Quem são os Barbalho para atirar pedra no telhado de quem quer que seja em se tratando de corrupção. Porém, fizeram um favor à sociedade.Por interesse próprio, denunciaram as patranhas dos irmão Rominho & Ronaldo para ficar com as terras de outeiro, lá onde o repórter (?)Guilherme Mendes forjou um flagrante de venda ilegal de lotes. Os Barbalho também andaram grilando terra, dizia a Lúcia Viveiros. E pagando dinheiro da Sudam por meio pouco convencionais. Tal & qual os Maiorana. É o sujo falando do mal lavado; o roto falando do desbotado. Quando formos escrever a história da imprensa neste lamentável lapso de tempo, teremos uma das páginas mais vergonhosa desde que Felipe Patroni impriu pela primeira vez O Paraense.
Meu caro Guilherme, nada a ver. Mesmo quando era deputado pelo PT, mestre Florestan Fernandes sempre escreveu seus artigos às segundas para a Folha de São Paulo, assim como Aloísio Mercadante em dois domingos no mês. Sem contar o saudoso Aloísio Biondi e Emir Sader.
Jornais são, em tese, instrumentos de informação ao público, daí terem garantidas certas benesses tributárias, como isenção para aquisição do papel. Se prestam um serviço de péssima qualidade não quer dizer que por isso aqueles que têm uma postura mais crítica devam se omitir e assim conivir com o pacto da desinformação.
Será meu caro Amorim?
Não sou dono da verdade, no entanto, tenho muito medo da omissão daí ter citado esses casos que considero emblemáticos do questionamento sutil por dentro dessas estruturas.
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