Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CNI/IBOPE: aprovação de Dilma chega a 71%(Foto de Roberto Stuckert Filho/PR)

Pesquisa do Instituto Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta sexta-feira aponta que a aprovação da presidente Dilma Rousseff chegou a 71%, quatro pontos percentuais acima do último levantamento, datado de julho.


O índice de desaprovação da chefe do executivo caiu também quatro pontos, alcançando o patamar de 21%.

Em início do governo, Dilma se iguala ao desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha 69% em setembro de seu primeiro mandato, e supera a aprovação de Fernando Henrique Cardoso, que tinha 57% em sua primeira gestão. “Claramente o começo do governo Dilma está melhor que os demais governos. Ela traz o espólio positivo do governo anterior. Nesse momento, claramente a Dilma tem uma situação melhor avaliada. Herdou uma popularidade que o Lula tinha”, comentou o gerente-executivo da unidade de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Quando questionados sobre o desempenho do governo federal, 51% dos entrevistados consideraram que a atual gestão é ótima ou boa, enquanto outros 34% a consideram regular. A avaliação do governo é considerada negativa por 11%.

Ainda que a avaliação governamental tenha oscilado três pontos percentuais desde a pesquisa CNI/Ibope de julho, a expectativa com relação ao restante do governo da presidente Dilma Rousseff ficou praticamente estável, variando de 55% em julho para 56% em setembro. A estabilidade também foi verificada entre aqueles que tem expectativa de que o governo irá ser “regular” - 25% em julho e 26% em setembro - e entre os eleitores que estimam que a gestão será negativa - 13% em julho e 11% em setembro.

Conforme a CNI/Ibope, o percentual dos entrevistados que confiam na presidente Dilma voltou a crescer após uma expressiva queda nos últimos levantamento e chegou a 68%. “Embora ainda abaixo do registrado em março (74%), a aprovação da presidente mantém-se em patamar elevado”, diz a CNI.

Sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma tem feito com governo “igual” ao do antecessor e padrinho político na avaliação de 55% dos eleitores. A gestão da primeira mulher no cargo mais alto da administração pública é melhor que a de Lula para 15% e pior para 26% dos entrevistados.

A margem de erro da pesquisa CNI/Ibope é de dois pontos percentuais. O levantamento foi realizado dos dias 16 a 20 de setembro com 2002 pessoas em 141 municípios.

(Fonte Site Terra - Laryssa Borges)

Bandidos de toga

Intimidar os críticos é o ardil dos criticados


Quando a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, alertou para a impunidade dos juízes e criticou o corporativismo dos que querem restringir o poder de fiscalização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi direto ao alvo: “Acho que isto é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimo problema de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga.” Imediatamente, a lógica da corporação se moveu irada e exigiu que ela apontasse os nomes.

Nem se deram conta que quem reage pessoalmente ofendido a um comentário de caráter geral está, na verdade, vestindo a carapuça. As corporações desprezam soberanamente a opinião da sociedade. Sua retórica da desinformação se põe em campo para intimidar quem as critica. Buscam manter uma interação desfocada da opinião pública para não chamar a atenção para a amarga situação do Judiciário, que às vezes deixa o cidadão mais pobre à espera, a vida inteira, de Justiça. O que importa é manter o espírito de corpo e proclamar a rotina da conivência entre os detentores da verdade. E garantir o princípio de que a sociedade, através do controle externo, não pode tocar na sacralidade dos juízes.

É exatamente este véu de impunidade, mantido por um teatro de “investigação de conduta”, que atrai os criminosos para a atividade. Nada disso é muito diferente da política, com este mesmo vício de “classe”. O crítico é sempre aquele que usa a língua fora do poder. Mas quando ela vem da boca de uma destemida juíza traz uma esperança. Sinaliza a possibilidade concreta de mudança e melhoria na gestão das instituições. Livra-se da emboscada do silêncio e eleva o tom contra o movimento corporativo, que quer “cortar as asas” e os poderes de investigação e julgamento contra juízes ineptos ou envolvidos em corrupção. Calmon não se sujeita. Exige respeito e endurece a crítica contra os transgressores e negociadores de sentença.

É logo atacada por vozes “autorizadas” e posta diante do seu “erro”: a ousadia de imputar culpa a colegas, de querer lavar a roupa suja ao sol da transparência e ousar desativar os mecanismos de desmoralização do Judiciário. A corregedora, com descortino põe-se do lado certo, e escolhe com sua atitude ajudar a sociedade a se aperfeiçoar. Diz que a sedimentação cultural da corrupção e a “intimidade indecente entre a cadeia e os poderosos estão acontecendo em razão de um esgarçamento ético muito grande. A sociedade caminhou para este grande abismo.

A linguagem moral e ética, (tornou-se) uma linguagem fraca. Chegamos a um estágio que ou partimos para uma posição de radicalizar uma providência contra a corrupção ou nós não vamos sobreviver como nação civilizada”. Na entrevista que deu à Associação Paulista de Jornais (APJ), a corregedora abre a caixa-preta de muitas carreiras de sucesso. E afirma saber que “não é incomum um desembargador corrupto usar o juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar. Um habeas corpus, uma sentença. Os juízes que se sujeitam a isso são candidatos naturais a futuras promoções.

Os que se negam a fazer esse tipo de coisa, os corretos, ficam onde estão. O ideal seria que as promoções acontecessem por mérito. Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém. Esse chegará ao topo do Judiciário”. Baiana de Salvador, a ministra Eliana Calmon não tem esperanças de poder investigar a Justiça de São Paulo, refratária à corregedoria nacional e onde estão 60% dos processos ajuizados no país: “Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro.”

A lucidez desenganada do humor traduz a sentença de Rui Barbosa, seu conterrâneo ilustre: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Paulo Delgado é sociólogo e foi deputado federal pelo PT-MG

(Texto publicado no jornal O Globo, edição de 30/09/2011)

Guiness Book Criminal

Segundo o Ministério Público, o que Paulo Maluf roubou, só quando foi prefeito de São Paulo, é quantia superior ao PIB(Produto Interno Bruto) da Guiné Bissau. Seguindo essa linha de raciocínio, seria bom que sempre se fizesse esse tipo de comparativo, diante de assaltos feitos por essas quadrilhas ditas de colarinho branco.
Da mesma forma que o INSS quer cobrar daqueles motoristas irresponsáveis, barbeiros e bêbados que atropelam, quebram, matam e depois mandam a conta de suas delinquências para os cofres públicos, da mesma forma, deveria ser criado um tipo de punição que culminasse em reparos, lógico, independente de outros enquadramentos.
Assim, as peripécias do Raimundo Flamel da Alepa, que transformou tapioca em material de construção e isso em enriquecimento ilícito, deveria ter contabilizado o tamanho do prejuízo que causou e, consequentemente, obrigado a ressarcir o erário; o mesmo valendo para quem transformou fundos de desenvolvimento econômico de autarquia em batráquios e daí patrimônio pessoal e assim sucessivamente . Seguramente, isto teria o mesmo efeito de certas penas crueis que aplicadas em paises asiáticos, pois atingiria em cheio a parte mais sensível do corpo desses abutres: o bolso.

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Kassab diz que o partido é de centro. Só se for de centro espírita. Até morto eles filiaram nesse PSD- Partido Social de Defuntos(José Simão)

DEBATE ABERTO

A UDN, os IPMs e a mídia brasileira

O "jornalismo de denúncia" que se tornou hegemônico na grande imprensa traz o componente de julgamento sumário dos IPMs pós-64 e o elemento propagandístico udenista do pré-64. Assume, ao mesmo tempo, as funções do julgamento e da condenação, partindo do princípio de que, se as instituições não funcionam, ele as substitui.

Logo após o golpe militar de 1964, os "revolucionários", inclusive os de ocasião, aproveitaram o momento de caça às bruxas para eliminar adversários. O primeiro ato institucional cuidava de tirar da arena política os que haviam cometido "crimes de opinião", condenados no rito sumário de uma canetada, de acordo com os humores das autoridades de plantão.

Os Inquéritos Policiais Militares (IPMs) davam conta dos opositores que não podiam ser enquadrados na acusação de subversão: eram tribunais que, simultaneamente, investigavam e condenavam acusados de corrupção. Sem direito à defesa num caso e no outro, os políticos incômodos aos novos donos do poder saíam de cena, pelas listas de cassados publicadas pelo Diário Oficial, ao arbítrio dos militares, e pelos resultados de inquéritos aos quais não tinham acesso nem para saber por que estavam sendo cassados.

A bandeira da anticorrupção tomada pelos militares do braço civil da revolução, a velha UDN, que havia comovido as classes médias, foi consumada pelos IPMs. A presteza da exclusão de "políticos corruptos" [aqui entre aspas porque os processos não foram públicos e eles não tiveram direito à defesa] do cenário por esse mecanismo era um forte apelo às classes que apoiaram o golpe, ideologicamente impregnadas pelo discurso udenista anticorrupção que prevaleceu na oposição a João Goulart, antes dele a Juscelino Kubitschek, antes de ambos a Getúlio Vargas, na falta de uma proposta efetiva que permitisse a essa parcela da elite conquistar o poder pelo voto.

Era, no entanto, uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que satisfazia os anseios de moralização da política da classe média e das elites (o número de punições e a exposição pública dos supostos meliantes conta muito mais para o público conservador do que a justeza da condenação), era um instrumento de reacomodação das forças políticas civis que se dispunham a dar apoio ao poder militar. A delação - tanto política como moral - foi usada para redefinir a geografia do mando local, os grupos preferencialmente perfilados ao novo governo.

O fiscal de quarteirão não era um parceiro a ser desprezado pelo novo regime: foi uma peça importante na reacomodação de forças políticas e deu número, volume amplificado, às supostas apurações de denúncias de corrupção. Quanto maior o número de cassações por desvio de dinheiro público que saíssem no Diário Oficial, mais a imagem de moralização era imprimida ao poder militar, independentemente da culpa efetiva dos punidos. Os inocentes jamais tiveram chances de provar a sua inocência. Mesmo devolvidos à vida pública após 10 anos de cassação (essa era a punição), carregaram por toda a vida a pecha de "cassado por corrupção".

Existiam os casos de políticos notoriamente corruptos, é lógico, mas após 10 anos de cassação eles voltaram à arena eleitoral dispostos a convencer os seus eleitores de que eles haviam sido injustiçados. Tinham mais capacidade para isso do que os punidos injustamente, até porque eram chefes de grupos políticos locais e nesses lugares a política de compadrio se misturava e se aproveitava da corrupção para manter votos em regiões de baixa escolaridade e muita fome.

É tênue a linha que separa o julgamento sumário - pelo Estado ou por instituições que assumem para si o papel de guardiães plenipotenciários da justiça e da verdade - da injustiça. O "jornalismo de denúncia" que se tornou hegemônico na grande imprensa traz o componente de julgamento sumário dos IPMs pós-64 e o elemento propagandístico udenista do pré-64. Assume, ao mesmo tempo, as funções do julgamento e da condenação, partindo do princípio de que, se as instituições não funcionam, ele as substitui. Da mesma forma que o IPM, a punição é a exposição pública. E, assim como os Estados de regimes autoritários, o direito de defesa é suprimido, apesar da formalidade de "ouvir o outro lado"?.

Este é um lado complicado da análise da mídia tradicional porque traz junto o componente moral. Antes de assumir o papel de polícia e juiz ao mesmo tempo, consolidou-se como porta-voz da moral udenista. Hoje, as duas coisas vêm juntas: o discurso de que a política é irremediavelmente corrupta e a posição de que, sem poder na política institucional, já que está na oposição, a mídia pode revestir-se de um poder paralelo e assumir funções punitivas. A discussão é delicada porque, não raro, quem se indispõe contra esse tipo de poder paralelo da imprensa é acusado de conivente com a corrupção, mesmo que a maioria das pessoas que ouve o argumento reconheça que o julgamento da mídia tradicional é ilegítimo, falho e tem um lado, isto é, não é imparcial.

O marketing da moralidade vende muito jornal e revista na classe média, mesmo quando os erros do julgamento sumário pelas páginas da imprensa sejam muitos e evidentes. O udenismo também tem o lado da propaganda política, de desqualificação do processo democrático - não está em questão o fato de que existem políticos corruptos, mas a ideia de que a política é, em si, corrupta.

Diante desse histórico da imprensa brasileira, a notícia da tal Folhaleaks é particulamente preocupante. Em vez de Wikileaks - uma organização não governamental que lida com informações vazadas de governos e as submete ao escrutínio da apuração de veículos para divulgação - é Folhaleaks: um canal aberto a denúncias anônimas, que podem envolver os mais diversos e obscuros interesses por parte de quem denuncia. O risco é que essa forma de captação da informação reinstitua a política da denúncia do fiscal de quarteirão, mas desta vez executada não pelo Estado, mas como demonstração do poder de fazer e desfazer reputações que se autodelegou a mídia.

Estapafúrdio!

No Ceará, ontem, a polícia reprimiu com violência os professores da rede pública que se encontram em greve e ocuparam as dependências da Assembleia Legislativa. Motivo da greve: a categoria não aceita o piso salarial de R$1.187,00, conforme mensagem do Poder Executivo que tramita naquela Casa.
Aqui, um juiz considera abusiva a greve dos professores, sem ouvi-los e atendendo tão somente a ação do governo do estado, e determina que o sindicato seja multado em R$10 mil diários, caso não mantenha 50% dos professores em sala de aula. Aqui, a principal reivindicação é que se chegue ao menos valor que os professores cearenses recusam, sendo o tal valor correspondente ao piso estabelecido nacionalmente.
Estranhamente, o tal juiz não levou o desrespeito a lei, por parte do governador Simão, em conta e responsabilizou pela greve apenas os trabalhadores. Será que é por coisas como essa que os magistrados andam tão empenhados em acabar com as prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça?

Reforma Política

Fontana apresenta mudanças no relatório da Reforma Política

Henrique Fontana concedeu entrevista coletiva quando falou sobre sua defesa do relatório da Reforma Política.


Confira abaixo a transcrição da entrevista, ou ouça na íntegra na RádioPT.

Mudanças no texto do relatório final.
Henrique Fontana – “Eu amplie a parcela de distribuição igualitária de recursos, dentro do sistema de financiamento público exclusivo de campanhas. Nós ampliamos o número de cidades que terão 2º turno, atendendo também a emendas feitas. As cidades maiores de 100 mil habitantes passarão a ter 2º turno. E alteramos também a distribuição interna dos recursos, para tornar o sistema ainda mais justo, nos sentido de equilíbrio, entre os partidos que disputam uma eleição. Especialmente olhando o papel e o potencial de crescimento que devem ter os partidos de porte médio, hoje dentro da democracia do país”.

Voto
Henrique Fontana – “Eu mantenho a proposta do voto proporcionalmente misto. Onde se amplia o direito de voto do eleitor. Além de o eleitor continuar votando no deputado da sua preferência, ele também terá o direito de escolher um partido político e um programa da sua preferência. E este partido e este programa estarão representados por uma lista de candidatos que está preordenada pelo voto secreto dos filiados do partido. E isso é importante, não são os caciques que organizam a lista. É o voto secreto dos filiados ao partido que organizam esta lista que vai ser analisada pelo eleitor. Para que além de fiscalizar o deputado em quem ele votou, passe a fiscalizar o partido ao qual ele está empenhando o seu voto. Isso do meu ponto de vista fortalece a democracia. Por que é uma democracia forte precisa ter partidos organizados e representativos”.

Mudanças nas doações particulares
Henrique Fontana – “Está havendo uma confusão nessa área, empresas na verdade poderiam continuar doando para este fundo que é administrado pela justiça eleitoral. Ou seja, nenhuma empresa poderá doar para o candidato A ou para o candidato B, ou para o partido A ou partido B. Agora é lógico, não tem porque eu proibir uma empresa que institucionalmente queria apoiar o processo democrático no país, que ela faça essa doação para o tribunal eleitoral, que é quem administra este fundo. E que vai distribuir dentro desses critérios de equidade de que a lei prevê no sistema de financiamento público de campanha. Ou seja, termina completamente o recurso privado sendo dirigido pela empresa A ou empresa B, para o candidato A ou B. O que pode mudar em muitos momentos, em muitas vezes abrir o que eu chamo de uma relação privilegiada. A minha frase é a seguinte: não é bom para a democracia brasileira que todos aqueles que têm interesses a tratar com os futuros governos sejam dos mesmo que financiam as campanhas. Isso quebra o critério de impessoalidade e republicanismo que nós temos que preservar na gestão publica do país”.

O risco de avançar só o financiamento público
Henrique Fontana - “Não, porque o projeto de lei em 1º lugar prevê o financiamento, o sistema de votação e a democratização interna dos partidos, que além do que eu já falei, passa-se a exigir direções permanentes e definitivas dos partidos. E os assuntos que demandam PEC, a nossa ideia é preparar uma PEC substitutiva global que logo a seguir da votação do projeto de lei, seja votado. Agora é evidente, eu não tenho como colocar em um projeto de lei aquilo que demanda uma mudança constitucional. Como é o caso da ampliação da participação popular. E iniciativas de projeto de lei de iniciativa popular. O fim da coligação proporcional, a alteração da suplência do senado, para que passe a ser o deputado federal mais votado, no mesmo estado e do mesmo partido do senador eleito. Portanto esse suplente terá passado pelo crivo do voto. Essas mudanças exigem mudanças constitucionais. Então a votação tem que ser uma seqüência, vota-se o projeto de lei e a seguir vota-se a emenda substitutiva global de emenda constitucional”.

Manifestação do dia 4 e o consenso único para o financiamento
Henrique Fontana – “Não, na verdade hoje tem uma grande maioria, para não usar a palavra consenso no país. As pesquisas mostram isso. Que defendem a mudança do sistema político brasileiro eu diria que esse número já chega a 80,90% da população. Em diferentes pesquisas que se analisa. Por quê? É muito simples, por que as pessoas estão vendo que os problemas a política brasileira e a nossa democracia enfrentam não podem ser, combatidas apenas pela troca de candidatos. Tem que também bolar um sistema e adotar um sistema político que dê maior independência para os mandatos. O papel do poder econômico hoje é muito forte na democracia brasileira. Eu tenho dito uma frase – que nós estamos substituindo progressivamente o debate de ideias, programas e projetos, por uma corrida do ouro, de quem arrecada mais tem mais chances de se eleger. E os números mostram isso. Das 513 campanhas mais caras de deputado federal no Brasil inteiro, 369 tiveram sucesso. Ou seja, é muito direta a relação entre arrecadação e sucesso eleitoral. E é isso que eu proponho retirar da democracia brasileira. Permitir que setores mais pobres, setores médios que representam setores de poucos recursos financeiros tenham a chance de serem candidatos e tenham a chance de se eleger. Alias, não estou sozinho nisso, estou ao lado da OAB, da CNBB, da UNE e de tantas entidades que apoiam o financiamento público”.

A importância da participação do ex-presidente Lula no ato de apoio
Henrique Fontana – “É muito grande porque é uma liderança política de grande credibilidade dentro do país. Ele conhece muito, no detalhe o sistema político brasileiro, porque teve a responsabilidade de ser 8 anos presidente da República. E é um dos mais fortes defensores de um projeto de reforma que retire do poder econômico a força que ele tem hoje na democracia e que fortaleça os partidos. Eu gostaria inclusive que todas as grandes lideranças do país se envolvessem profundamente com a reforma política. Quanto mais gente ajudando a fazer a reforma, melhor. Porque o pior dos mundos é o Brasil sair desse processo com o mesmo sistema político que nós temos hoje. E que nos causam tantos desgostos, e inclusive tantas críticas. Os sistemas têm coisas boas evidentemente, mas eles têm muitas coisas que precisam ser mudadas”.

Mudança no projeto de iniciativa popular
Henrique Fontana – “Nós introduzimos a possibilidade do cidadão participar através da redes sociais, ou seja, quando uma entidade ou um grupo quer fazer tramitar na câmara federal um determinado projeto de lei. Ele vai poder trabalhar nas redes sociais, a mobilização o apoio a esse projeto. O cidadão da sua casa, da lan house ou da escola vai poder abrir o seu computador, ler o projeto e se ele apoia a tramitação daquele projeto, ele simplesmente vai registrar nome, título de eleitor nome da mãe ou do pai, e ele estará apoiando a tramitação desse projeto. Então isso vai facilitar muito a participação direta da população na apresentação de projetos de lei e de emendas constitucionais para tramitarem no parlamento”.

O número de apoios pela internet
Henrique Fontana – “O projeto de lei demanda 500 mil apoios, número inclusive um pouco menor do que é hoje. Só hoje tem que ser assinatura presencial. E uma emenda constitucional demanda 1 milhão e 500 mil apoio”.

Henrique Fontana – “Com certeza ajuda muito o presidente Lula tem uma habilidade muito grande para o trato da política. Assim com a presença de outros grandes líderes. Vamos citar o vice-presidente Michael Temer que é presidente do PMDB e nesse momento está licenciado e está sendo exercida a presidência pelo senador Valdir Raupp, então nós estamos debatendo com todos os setores, e o presidente Lula ajuda muito na aprovação da reforma”.

A forma do sistema
Henrique Fontana – “Como o eleitor vai votar nominalmente no candidato que ele prefere, com toda liberdade. E vai ter uma 2ª escolha, que é escolher um partido que ele apóia. E ao apoiar este partido, ele estará apoiando um grupo de candidatos que concorrem por este partido. No final o parlamento vai ser composto metade de pessoas eleita por este voto que o eleitor deu ai partido e a outra metade pelo voto nominal que o eleitor deu nominalmente aos candidatos. Nós vamos ter um parlamento que nasce de um sistema misto de eleições. Como, aliás, tem em muitos lugares do mundo”.

Henrique Fontana – “Não, ele vai escolher um deputado com toda liberdade. E ele vai escolher um partido ao qual ele apoia. E ao apoiar esse partido político ele estará apoiando um programa, um projeto e a importância desse voto é exatamente esta. É que o eleitor seja convidado a uma reflexão da importância que tem os programas e os projetos. Por que eles é que mexem o país. Quando as pessoas, muitas vezes pensam que o importante é escolher uma pessoa boa e o meu voto está destinado, elas não estão se dando conta de que uma pessoa sozinha não consegue fazer nada no parlamento. Os grupos de interesse de poder, os grupos partidários é que se reúnem para debater temas, e é daí que nasce as decisões que influência a vida de todos nós”.

(Apolos Neto – Portal do PT)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pará!

Por que o Pará cantou o Hino Nacional Brasileiro?

Walter Falceta ( através do @cidoli )

Antes da partida contra a Argentina (Super Clássico das Américas), nesta quarta-feira, a torcida paraense deu show de civilidade no lotado Estádio Mangueirão.

Cessou a amostra instrumental do Hino Nacional, mas o povo resolveu seguir até o fim da primeira parte da composição, à capela.

As imagens de TV mostram o povo feliz com a saudável molecagem, orgulhoso, muitos com as mãos sobre o peito.

São crianças, jovens, idosos, gente negra, branca, índios, representantes da comunidade nipônica e, certamente, a linda mistura de tudo isso.

O craque Neymar, ele próprio tão espetacularmente miscigenado, comove-se com a cantoria, marcada na percussão das palmas sincronizadas. Comoção bem comovida.

Talvez, mais do que a festa, seja conveniente tomar esse espetáculo como lição para o Sul-Sudeste, onde o Hino é frequentemente ultrajado pelos torcedores, especialmente pelos filhos das elites, sempre envergonhados de sua nacionalidade.

Cabe também uma reflexão sobre o ódio que determinados brasileiros têm do próprio país, expresso diariamente nos comentários neofascistas dos grandes jornais dessas regiões.

Esse comportamento, aliás, é resultado da campanha diária, massiva, que os mesmos veículos fazem para desmoralizar o país e seu povo.

O jornalismo de “pinça” só destaca o que é ruim, o que é nefasto, o que não presta. Obsessivamente.

O processo de extinção da miséria parece não existir, tampouco a expansão do consumo popular.

E cada agulha sumida numa repartição pública torna-se um escândalo.

Pior: a indignação é seletiva, pois o graúdo que desvanece nas administrações estaduais neoliberais nunca vira manchete.

Se há notícia boa do Brasil, ela é minimizada. Se o positivo é notório, emprega-se logo uma adversativa, um “mas”, para reduzir ou neutralizar o impacto da mensagem.

São espantosos os malabarismos aritméticos, os artifícios de linguagem e os sofismas utilizados para transformar em ruim o que é bom.

São gráficos lidos de trás para frente ou pizzas que têm apenas uma ou outra fatia destacada.

Disseminar a síndrome de vira-lata, obviamente, tem um objetivo claro.

É recalcar os tradicionais estratos médios, é causar rancor, é produzir a intriga, é gerar dissensão, é fomentar o ciúme, é espalhar o ódio entre irmãos.

Afinal, para os obsoletos da elite midiota, é preciso difundir todos os dias a ideia do caos, mesmo que imaginário.

Para quem perdeu, faz-se urgente uma insurreição para acabar com a festa do crescimento econômico extensivo, da inclusão social e da democratização de acessos.

Enquanto eles não passam, vale a pena ficar com o Pará, com os brasileiros do Pará. Viva o Pará!

O Esquerdopata(blog mineiro(?)entusiasmado com o show de auto estima do nosso povo)

Fio de Esperança


O livro “Fio de Esperança” da psicóloga Lúcia Lima, foi lançado com sucesso no último dia 08/09/2011, na XV Feira Pan-Amazônica do Livro.

Esta é uma ótima leitura para quem está buscando alternativa de superação de dificuldades, especialmente no que diz respeito ao fortalecimento dos conceitos e atitudes quando temos de conviver com alguma doença.

Adquira seu exemplar nos seguintes pontos de vendas :
Livraria Somense
JP.Gonçalves
Bênção Livros
Editora Paka-Tatu

Em breve estará também disponível nas livrarias Newstime, Lojas Visão do Pátio Belém e Paulinas

Solidariedade ao professor Marcos Klautau


Anônimo Anônimo disse...

Dr. Jorge:
Escolhi seu blog para fazer este comentário porque acho o senhor um combatente sério, inteligente e do bem. Não vou tomar muito tempo seu. Sou ex-aluna e trabalho com o Pofessor Marcos Klautau, um grande mestre, muito competente e honestíssimo. Por isso ele está desempregado a dois anos e perseguido pelo canalha do senador flexa ribeiro, que até já ameaçou o professor de morte e não deixa que ele volte para o serviço público, onde trabalha a mais de 35 anos. Persegue ele e usa do poder que tem para barrar os convites que ele recebe. Já recebeu 2 e de´pois foi desconvidaddo. Ele tem documentos comprovando a roubalheira do senador safado flexa ribeiro quando barrou uma tentativa de corrupção do flexa ribeiro quando o professor foi Secretário de Planejamento. Se o senhor não conhece o professor Klautau peça ingformações sobre ele e vai concordar comogo. Como é que pode um monte de políticos ladrões viverem continuando a roubar e matar pessoas por falta de atendimento médico e um homem digno como o professor Klautau ser perseguido e não poder nem trabalhar, está até passando fome e numa depressão violenta que já quis até se matar. E ninguém faz nada. Por favor, Dr. Jorge, o senhor pode ajudar, faça isso ´por favor, senão não sei o que pode acontecer com o mestre que já está desesperado. O assunto é muito longo, mas acho que o senhor entendeu. Desculpe o incomodo, mas não posso ficar calada assistindo tudo isso. Que Brasil é esse que os ladrões vivem bem e as pessoas honestas ficam desempregadas e até passam fome? Obrigada, tenho fé no senhor.

Parece a Alepa

Mensalão da ALESP: Lista dos 22 deputados sob suspeita, porque barram CPI da corrupção

A Assembléia Legislativa de São Paulo (ALESP) precisa urgente fazer uma faxina na corrupção da casa. As denúncias são cristalinas como a água, muito graves, e não tem como tapar o sol com a peneira.

Mas a tropa de choque dos deputados do PSDB, aliados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) já anunciou a recusa em assinar a CPI para apurar o "mensalão" das emendas parlamentares denunciada pelo deputado Roque Barbieri (PTB/SP).

O deputado disse que entre 25% e 30% de seus colegas recebem propinas para vender emendas parlamentares. Isso daria entre 23 e 28 deputados.

A bancada do PSDB tem 22 deputados, o número coincide (muito próximo) com os 25% de deputados citados por Roque Barbieri.

Assim toda a bancada tucana se coloca sob suspeição perante a população.
Afinal tem medo do quê?
O que tem a esconder?
Estão no "rolo"?

Muitos destes deputados planejam se candidatar a prefeito no ano que vem. O eleitor deve anotar e guardar estes nomes, para pensar bem no quanto eles estão impedindo estancar a roubalheira, quando eles vierem pedir seu voto em 2012 (ou 2014 de novo).
(Amigos do Presidente Lula)

Demagogo desastrado

Em que mundo vive Simão Lorota? Não pode ser apenas demagogia sua declaração de que Belém agora entrará na rota dos grandes jogos. Que grandes jogos restam daqui até a Copa das Confederações, realizada no ano anterior ao da Copa do Mundo, quando Belém pode vir a ser sub sede?
Na verdade, parece que a proverbial demagogia apenas embala a total ignorância do assunto. Mesmo que o Paissandu suba, está bem cotado, para a série B do ano que vem, ainda assim, é pouco provável que mande a maioria dos seus jogos no Mangueirão. Caso sejam rebaixados times como o Cruzeiro e o Atlético Mineiro, teríamos, no máximo, dois jogos ou três jogos, o Atlético Paranaense também corre risco, em nosso estádio estadual, muito pouco para que seja considerado "rota de grandes jogos".
Talvez, o espetáculo proporcionado ontem pela torcida paraense tenha servido para que alguns políticos rapaces de nossa terra, que, de alguma forma, contribuiram para que Belém fosse excluída da possibilidade de ser sede da Copa de 2014, dada a estreita ligação entre Serra e Ricardo Teixeira, tenham caído na real e constatado que o estrago causado no governo Ana Júlia é muito menor do que o causado ao povo paraense, certamente um dos mais habilitados a ser plateia de eventos desse porte.

Campo de várzea

O que fizeram com o gramado do Mangueirão, outrora um "tapete" que permitia até ao mais desastrado perna de pau tocar bem a bola, e agora transformado em um capinzal roçado com foice e enxertado com areia? Será que ninguém viu em todo esse tempo de inatividade que o piso estava em péssimas condições?
Lembro que, outro dia, o comentarista do Grupo Liberal, Carlos Ferreira, que bem poderia ser chamado de "muso" de Noel Rosa, tal a quantidade de palpites infelizes que dá, escreveu em sua coluna que o Paissandu não tinha moral pra falar do gramado(?) do estádio Zinho de Oliveira, do Águia de Marabá, pois tinha trocado o Mangueirão pela Curuzu.
Pois, hoje, o gramado da Curuzu dá de dez a zero naquele do Mangueirão que vimos ontem e isso deve ser motivo de preocupação para a diretoria do Paissandu, que estaria negociando o custeio das viagens de seu time, por parte do governo do estado, em troca de voltar a jogar no estádio estadual.
Ora, o atual time do papão evoluiu muito e tem um toque de bola excelente daí, caso não haja melhoramento nas condições daquele campo, se prever muitas dificuldades nos próximos jogos jogos em casa, pois, naquelas condições o campo só favorece a quem vem se defender.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cinismo e empulhação

"O governo tucano de São Paulo tentou impedir a aprovação do projeto que aumenta em 50% o limite de faturamento das micro e pequenas empresas para serem enquadradas no regime tributário do Simples Nacional (Supersimples). A posição foi defendida pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), ao afirmar que há risco de perda de receita na arrecadação do ICMS do estado.


A proposta foi aprovada, nesta terça-feira (27), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sem emenda. Se aprovado no plenário, o projeto será enviado para sanção presidencial. A presidente Dilma Rousseff quer sancionar a nova lei no dia 5 de outubro, data em que se comemora o Dia da Micro e Pequena Empresa.



Isso prova que aquelas fotos de Geraldo Alckmin (PSDB/SP) criticando a carga tributária em frente ao "impostômetro" da Associação Comercial, não passa de cinismo. É um gesto mais falso do que uma nota de R$ 3,00."
Não foi só o governo paulista. Quem leu matéria com o secretário da Fazenda do Pará, domingo último, na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), constatou a semelhança dos posicionamentos.
(Informações do blog O Cachete-O Remédio para as colunas)

Quem é o estranho no ninho?


Amanhã o PIG no tucupi vai dizer que ele foi a estrela do evento

Vai-te!

JADER JÁ ERA. DIZ PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

"ELE SE TORNOU INELEGÍVEL PARA SEMPRE", DIZ PROCURADOR-GERAL"



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou ontem a impugnação aos embargos de declaração no Recurso Extraordinário (RE 631102) em que o ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) requer a vaga de senador federal pelo Estado do Pará. A manifestação ocorreu em menos de vinte dias depois do ministro Joaquim Barbosa, relator do recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), pedir vista ao procurador-geral.




Até a noite de ontem o despacho de Gurgel não tinha sido publicado, mas ele reiterou no seu parecer o que tem declarado publicamente: Jader Barbalho se tornou inelegível para sempre. No entendimento do procurador-geral, Jader não tem direito a assumir o mandato de senador porque, em outubro do ano passado, o Supremo já o havia barrado com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010). Segundo ele, a decisão de março do Tribunal, quando os ministros decidiram que a nova lei só tem validade para as eleições de 2012, não teria efeito para o peemedebista.Fonte: Blog do JK

População ocupa Wall Street

Wall Street 2011

Wall Street 2011

Venham todos ocupar Wall Street, pede Michael Moore


Após visitar os acampados em Wall Street e declarar seu apoio ao movimento de ocupação, o cineasta Michael Moore, ferrenho ativista contra o sistema, publicou nesta terça (27) uma nota em seu blog chamando pessoas de todo o país para se reunirem aos manifestantes. Ele considera o fato histórico: “É a primeira vez que uma multidão de milhares toma as ruas de Wall Street”.


A manifestação “Ocupar Wall Street” (https://occupywallst.org) chega ao décimo dia ignorada pela grande imprensa e cada vez mais “gritante” na mídia alternativa e blogs. As milhares de pessoas permanecem acampadas no local, enfrentando policiais cada vez mais violentos.

Lawrence O´Donnel, apresentador de uma emissora de TV alternativa, mostra em seu programa “The last World” a cena de um jovem sendo agredido. Ele questiona: “Por que os policiais estão batendo neste rapaz?”

Em seguida, Lawrence reapresenta a mesma cena em câmera lenta e explica: “Os policiais estão batendo no jovem porque ele está armado com uma câmera de vídeo”. Outra cena do programa mostra duas mulheres gritando muito após terem sido atingidas por spray de pimenta. Lawrence condena a brutalidade: “As pessoas são inocentes, pacíficas, não podem ser agredidas nem presas”.

O que causa espanto ainda maior, acrescenta o jornalista, é a falta de reação de quem assiste ao espetáculo de horror de braços cruzados. “Ninguém faz nada a favor dessas pessoas”, denuncia, afirmando que a violência policial contraria a lei, é crime. Diz ainda que a ação policial tem uma explicação: o governo sabe que a manifestação não terminará enquanto a população nas ruas não for ouvida.

Um internauta posta o programa de Lawrence no Youtube e pede: “Por favor, transformem isto num viral”, explicando que tem poucas linhas para expressar o horror que está ocorrendo nas ruas. Ele assina “moodyblueCDN” na postagem.

Abaixo do vídeo, segue o comentário: “E aqui vamos nós aos bastidores de Matrix”, comparando a bem engendrada política imperialista ao enredo do filme de ficção científica, no qual os personagens têm os destinos traçados por máquinas e só podem romper esse circuito de manipulação quando surgir o salvador.

Outro vídeo da internet mostra os jovens e sua demanda: “quem for honesto nos dará apoio, quem for heróico se juntará a nós”.

Lucas Vazquez está entre os jovens de Wall Street, é um dos organizadores do protesto, segundo um vídeo. Ele dá uma declaração tranqüila, mostrando-se surpreso com a reação dos policiais.

Os dez dias de protestos já deram origem a um documentário, O verão da Mudança (Summer of Change), de Velcrow Ripper. Ripper navega na praia hippie dos anos 1960 ao propor: “Como esta crise global pode se transformar em uma história de amor?”. O documentário foi produzido pela Evolve Love, WWW.evolvelove.live.com
(Portal Vermelho)

Marco Maia enquadra Rede Globo: a emissora seria cassada se anulasse sessões da CCJ

O presidente da Câmara dos deputados, Marco Maia (PT/RS) fez a TV Globo engolir um sapo, e ler uma espécie de direito de resposta no Jornal Nacional de terça-feira.

A emissora havia "denunciado" algo normal e insignificante como se fosse um escândalo, desde a semana passada, em todos os seus telejornais. O tom agressivo do jornalismo da emissora ganhou aparência de intimidação sobre deputados através de noticiário negativo.

A Globo disse que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) havia aprovado "118 projetos com apenas 2 deputados presentes". A Globo não disse, mas os 118 projetos dispensam debate sobre constitucionalidade, por isso 35 deputados assinaram presença e não ficaram para votar pessoalmente, como se deixassem uma procuração para votar pela aprovação. A maioria dos "118 projetos" não passava de concessão de rádios com parecer pela aprovação (leia aqui os detalhes).

Maia explicou porque essa sessão não será anulada, como cobrava a Globo:
“Não houve, em nenhum momento, qualquer tipo de infração em relação ao Regimento Interno da Câmara, que permite a realização de sessões mesmo sem o quórum presencial. Basta que haja quórum de deputados presentes na Casa....

... se essa sessão da CCJ fosse anulada, teriam que ser anuladas as votações das sessões que aconteceram nos últimos dez anos, com votação em bloco, o que acarretaria a suspensão da concessão das rádios e televisões praticamente de todo o Brasil, inclusive da Globo".
As renovações das concessões de vários veículos da Rede Globo foram feitas no dia 5 de maio de 2009, numa sessão também com votação simbólica em bloco.

Na terça-feira, o apresentador Heraldo Pereira do Jornal Nacional, leu a notícia com semblante de quem estava literalmente engolindo o sapo, e teve que pagar o mico de dizer :"Maia disse que decisões têm sido tomadas da mesma forma nos últimos dez anos, e citou a concessão de rádios e televisões de todo o Brasil, inclusiveda Globo".

Lorota Genial!

Simão suspendeu o expediente, a partir das 14 de hoje, sob a desculpa de os servidores não atrapalharem o trânsito quando a torcida estiver indo em direção ao Mangueirão.
Ou seja, como o trânsito é ruim todo dia, jogando Brasil e Argentina ou Time Negra e São Francisco de Santarém, pela "segundinha" do campeonato paraense, corre risco de estarmos diante de uma medida pioneira(êpa!) para chegarmos ao estágio do regime do servidor a distância. Como se sabe, a primeira,ou melhor, as primeiras experiências nesse sentido já foram feitas com muito sucesso na Assembleia Legislativa, quando foi constatado que inúmeros servidores e servidoras daquela Casa de Leis(?) recebiam salários, porém estavam peremptoriamente desobrigados de lá comparecer, assim, evitando eventuais congestionamentos de corredor.
Vá ser criativo assim lá na pescaria!

Cozinha Maravilhosa


O registro definitivo, concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral ao partido Social Democrático, de Gilberto Kassab, promete fazer estragos. De cara, já mostrou que o tempo de vida de boa parte da direita brasileira longe do oxigênio do poder é curto.

Em São Paulo, por exemplo, o DEM(ex-ARENA, PDS e PFL) tende a evaporar-se da Câmara Municipal da capital e toda sua bancada migrar para a nova legenda, que surgiu enfatizando que não fará oposição à Dilma.

Aqui, no Pará, é notório o estrago que fará em várias legendas que se encontram abrigadas sob as asas da lorota. Fala-se que Wladimir Costa sairá do PMDB, que Flexa Ribeiro sairá do PSDB, que a bancada do PR na Alepa vai aderir em bloco, assim como várias bancadas hoje estabelecidas na Câmara Municipal de Belém desaparecerão, abrindo alas pro bloco pessedista entrar.

No interior nem se fala. Basta ver a peregrinação barbálhica, com pai e filho correndo mais que a Lola do filme atrás do prejuízo político que a chegada da nova legenda pode causar nas legiões pemedebistas, já sendo dada como certa a fuga de Asdrúbal, provável a de Josefina, dentre outros com mandato ou não.

Resta, agora, apenas saber que linha seguirá o partido no Pará, já que será comandado por um chef tucano, daqueles que fazem o sinal da cruz quando ouvem falar em Dilma e Lula, mas que não demonstram ter estofo para contrariar o chefão Kassab.



Rompante da Futrica Barbálhica(Diário do Pará) é cédula de três reais

Durante muitas edições, a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) insinuou que vereadores de oposição ao cleptoalcaide D. Costa estavam propensos a votar a Mensagem do Executivo que propõe uma Parceria Público Privada(PPP) disciplinando a coleta do lixo e outros penduricalhos safados que abrem espaço para que se estabeleça um balcão de negociatas.
Já o PMDB, do qual aquele papelucho infame é porta voz, não! Já havia "fechado questão" e toda sua bancada votaria contra a privatização( a coleta já é feita por empresas privadas) e denunciaria todos os mal feitos contidos nessa proposta.
Qual o que. Ontem, durante a votação do artigo 1º, do malsinado projeto, absolutamente NENHUM edil pemedebista votou contra. Os dois únicos presentes à votação manifestaram-se favoravelmente, moucos como o Ouvidor do Senado Federal aos arroubos retóricos de um jornal que faz pouco caso da ética. Aguardemos os desdobramentos.

Patifaria

É enganosa, labiosa e velhaca essa estória que O Liberal de hoje estampa, a respeito da assinatura de um pacto entre Jatene e Dilma(nessa ordem) por um Brasil sem miséria. Primeiro, porque Simão já demonstrou total incapacidade administrativa para cuidar dos mais necessitados do estado que governa, quanto mais contribuir com o fim da miséria em todo o território nacional.
É evidente que trata-se de promoção pessoal de um governante, certamente embalada por "milhões de motivos", que deveria ser tratada como prestação de contas institucional. Como, até aqui, não foi possível faze-la, então, apela-se ao engodo que produz esse tipo de empulhação. Lamentável!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Criminosamente silentes

O governo federal baixou hoje um decreto que reduz o valor cobrado pela CIDE- Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente sobre combustíveis, em 12% de seu valor, algo como redução de três centavos por litro de combustível.
Até o presente momento, isto ainda não foi lançado no painel do Impôstometro que a direita brasileira mantém na capital paulista, muito menos mereceu qualquer referência positiva do PIG(Partido da Imprensa Golpista). Todos continuam calados e patifes como antes do referido decreto. Lamentável!
(Dados colhidos no Tijolaço)

Canalhice sem limites

Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

A informação é do jornal espanhol Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.

No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.

Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” não passa de opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra, da qual destacou eletrificação de favelas e demais políticas sociais, e perguntou se foi Lula quem armou Khadafi. E concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

(Blog da Cidadania)

Lorota for export

"Triste ver a Academia Brasileira de Letras se “apequenar” e virar uma academia de lorotas, a maior delas ao admitir alguém absolutamente sem condição de ali estar, e sendo eleito, por aparente “falta de avaliação” e possível “troca de favores”, num verdadeiro assistencialismo literário."
Será mera coincidência, qualquer semelhança?
(Trecho extraído do 007BONDeblog)

Foco de corrupção

Mensalão na Alesp: Relatos reforçam esquema de emendas na Assembleia de SP

Dois deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo citam episódios que reforçam a acusação do deputado Roque Barbiere (PTB) de que há colegas que vendem emendas parlamentares. Os fatos foram vividos e relatados pelo deputado licenciado e secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), e pelo deputado Major Olímpio (PDT). O primeiro é governista; o segundo, de oposição.

Em entrevista ao Estado, há cerca de um mês, Bruno Covas mencionou oferta de propina que lhe fizeram pela liberação de uma emenda. O secretário falava sobre corrupção na máquina pública quando abordou a questão. Indagado sobre os mecanismos que poderiam coibir desvios, disse que dar “exemplo” era a melhor coisa. “É o primeiro ‘não’ que segura os avanços e solicitações. E, depois, ninguém mais faz nenhum tipo de proposta.”, declarou, durante a entrevista.

Na sequência, indagado se já havia passado por alguma situação envolvendo corrupção no exercício do mandato na Assembleia, Bruno respondeu: “Ah, já. Uma vez, consegui uma emenda parlamentar de R$ 50 mil para obra de um município. Assinamos o convênio e depois o prefeito veio perguntar com quem ele deixava os 5 mil”, contou o secretário. “Respondi: ‘Doa para a Santa Casa, eu que não vou ficar com isso’. Não sei se ele contou para os outros, mas foi o único caso que eu tive na Assembleia”, completou, sem dar o nome da cidade que recebera a verba.

Na sexta-feira, o Estado procurou a assessoria de Bruno Covas para questioná-lo sobre as declarações, pois o jornal publicara, no mesmo dia, reportagem com as afirmações de Barbieri sobre o esquema de desvios nas emendas. A assessoria disse que o secretário não iria citar o nome do prefeito, mas não retirava as declarações sobre o assunto, que tinham sido dadas a título de exemplo sobre situações envolvendo tentativa de corrupção.

Repasse. Já Major Olímpio contou ter ouvido do presidente de uma entidade o relato sobre a artimanha usada por alguns deputados para ficar com parte da verba de R$ 2 milhões a que têm direito. O artifício consiste em dizer ao representante da associação beneficiada pela emenda parlamentar que precisará repassar parte da verba a outra entidade, a qual não tem a regulamentação em dia e, portanto, não poderia receber dinheiro público.

“Segundo esse relato, a abordagem de alguns parlamentares é de sempre ter uma entidade não completamente regularizada e de o deputado se comprometer a fornecer um valor de emenda, desde que haja um retorno para ajudar a entidade que não tem declaração de utilidade publica ou o pró-social”, afirmou Olímpio.

(Amigos do Brasil)

Agiotagem em desespero!

Inflação cai, mas TV Globo diz que vai subir, do jeito que o patrocinador banqueiro gosta

Havia duas notícias sobre inflação nesta segunda-feira (26):


1) A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV): a inflação diminuiu em seis das sete capitais pesquisadas. Essa notícia é menos interessante para o lucro dos banqueiros.

2) A divulgação do boletim focus do Banco Central, datado de sexta-feira (23), mostrando projeções do mercado financeiro para uma suposta inflação maior até o final ano. Vejam bem, é projeção (estimativa), não é medida da inflação que de fato aconteceu, é o que a bola de cristal dos "especialistas" do mercado financeiro acham que vai ser a inflação medida pelo índice IPCA/IBGE até o fim do ano.

Obviamente essa segunda notícia é mais interessante para o lucro dos banqueiros.

Adivinhe qual delas o Jornal Nacional da TV Globo divulgou?

E ganha um doce quem advinhar qual é o patrocinador do Jornal Nacional.



Notícia mofada, com prazo de validade vencido

As projeções da pesquisa focus foram feitas a partir de especulações em cima do IPCA-15 / IBGE, medido até o 13 de setembro, um período anterior à medida feita pela Fundação Getúlio Vargas na semana passada, o que já indicou mudança na tendência.

Isso deixa a notícia da Globo, da forma como foi ao ar, sem dizer também dos números da FGV, com prazo de validade vencido, com cheiro de mofo.

Mudou o "natal" ou mudou a Futrica(Diário)?

A respeito desse prazo que o Ministério Público concedeu a Simão Lorota, para que explique o por quê de seu governo(?) ser uma verdadeira usina de nepotismo, vale lembrar uma curiosa nota publicada na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), mais precisamente no Repórter Futrica(Diário), no dia 29/6/2007. Dizia, sem tirar nem por, o seguinte.
"Por considerar uma situação inédita, o promotor Jorge Mendonça Rocha, de Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público, encaminhou ofício àProcuradoria Geral de Justiça do MP, Geraldo Rocha, elogiando a resposta da governadora Ana Júlia, de próprio punho, sobre questões relativas ao nepotismo. Perguntas nesse sentido haviam sido encaminhadas pelo promotor aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, sendo que apenas a governadora respondeu. E respondeu satisfatoriamente, segundo o promotor, esclarecendo casos até então controversos. Quando o ofício foi encaminhado pela primeira vez ao governo, em setembro do ano passado, por ocasião da Campanha Nacional de Combate ao Nepotismo, o ex-governador Simão Jatene permaneceu mudo,"
Nada a acrescentar.

Pedinte profissional

"Com recursos próprios, só com a implantação do PCCR e adiantamento dos 30% do Piso já acrescentamos cerca de R$ 5, 5 milhões na folha do Estado”, informou a secretária." Foi o que afirmou a secretária de administração, Alice Viana, ao auto exaltar o esforço do governo Lorota em implantar o PCCR da área da educação.
Só esqueceu, a ciosa servidora, de fazer referência ao projeto de lei que foi votado no início deste ano, a toque de caixa, na Assembleia Legislativa concedendo reajuste de cerca de 70% dos vencimentos que percebiam até dezembro de 2010 secretários, vice-governador, governador, além da criação do cargo de Assessor Especial III. Só com esses acréscimos, gasta-se um valor bem próximo aos cinco milhões que a secretária acha um colossal esforço para implantar o Plano, por sinal, que só será realidade caso o governador do estado consiga mais uma "esmolinha" federal, conforme anúncio do próprio. Lamentável!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Burrice e má fé. Estadão fugiu do Mobral















A meta de inflação do Brasil é 4,5%, com 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. 6,52% não é "2 pontos acima", é 0,02 pontos acima, coisa muito, mas muito mesmo, diferente.
(O Esquerdopata)




Veja isso, deputado.



Na semana retrasada, O Liberal destacou uma frase de Arnaldo Jordy em que ele afirmava ser o Brasil o país com a maior carga tributária do planeta. Parece que houve um equívoco do parlamentar pepessista.
(Extraído do blog Tijolaço)

Gravíssimo!

Crise já faz 200 milhões de desempregados no mundo, diz OIT


Um relatório elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelou que o número de desempregados em todo mundo chega a 200 milhões, o maior índice já registrado durante o atual momento da crise do capitalismo. E, se a economia continuar a desacelerar, o número poderá ser ainda maior em 2012 nos países do G20.



O documento, feito em conjunto com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foi elaborado a pedido do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta) e divulgado hoje, em Genebra, na reunião ministerial do grupo, que acontece entre hoje (26) e amanhã (27), em Paris. Segundo o levantamento, apesar da expressiva taxa de desemprego, ela vem diminuindo durante 2010.

No futuro, a OIT e a OCDE acreditam que se continuarem assim as taxas de crescimento do emprego, não será possível recuperar os 20 milhões de empregos que os países do G20 perderam desde 2008, quando a crise começou. Com isso, as perdas serão ainda mais devastadoras. Os órgãos apontam que os jovens serão os mais atingidos e que haverá uma incidência maior do desemprego de longa duração.

"Devemos atuar agora para reverter a desaceleração no crescimento do emprego e resistir à perda de postos de trabalho. É absolutamente indispensável dar prioridade ao trabalho decente e investir na economia real", afirmou em comunicado o diretor-geral da OIT, Juan Somavía, que defendeu uma cooperação mundial, além da retomada dos compromissos feitos nas cúpulas do G20 de Pittsburgh e Seul e o foco nos empregos de qualidade durante a recuperação.

Segundo avaliação da OIT e OCDE, o emprego deveria crescer a uma taxa anual de pelo menos 1,3% para chegar em 2015 com um nível similar ao registrado antes da crise. Somente essa taxa permitiria criar 21 milhões de empregos adicionais, ao ano, recuperar os postos de trabalho perdidos desde 2008 e absorver o aumento da população em idade laboral. Mas, ainda de acordo com o documento, o emprego crescerá a uma taxa de apenas 0,8% até o final de 2012.

A promoção do pleno emprego, o trabalho de qualidade e o respeito aos direitos trabalhistas fundamentais serão alguns dos pontos discutidos pelos ministros de Trabalho do G20. A solução apontada por Somavía é mais investimento para “crescimento das empresas na economia real e à geração de trabalho decente" para a criação de emprego que, para ele, “deve se transformar em uma das principais prioridades macroeconômicas".
(Portal Vermelho)

Alternativa

Taxar fortunas para viabilizar a EC 29, por Artur Henrique

A recente recusa da Câmara em aprovar a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) mostra que a tarefa não é simples


A discussão em torno da emenda constitucional 29 e da necessidade de ampliar as verbas para a saúde pública traz mais uma boa oportunidade de reapresentarmos a proposta de uma reforma tributária digna do nome, que torne progressiva a estrutura dos impostos no país.

Para tal desafio, precisaremos implementar alguns instrumentos, dentre os quais vale destacar destacar aqui a criação de um imposto sobre grandes fortunas, heranças e propriedades.
Existem no Brasil, segundo dados de consultorias privadas, 155 mil pessoas com pelo menos R$ 1 milhão prontos para serem investidos no mercado financeiro. Elas compõem a face mais visível de uma riqueza que provavelmente é muito maior do que essa e, portanto, ainda mais concentrada do que os números fazem parecer.

Muito desse dinheiro não paga imposto, ao contrário do salário. Distribuição de lucros e dividendos, por exemplo, são dedutíveis de tributação no Brasil desde 1995. Enquanto isso, o trabalhador que conquista participação nos lucros e resultados da companhia paga IR sobre essa parcela. Está evidente a diferença de critério.

A remessa de dinheiro para o exterior sem tributação -essa faceta misteriosa, mas da qual ninguém duvida, de nossa injustiça fiscal- impede a sociedade brasileira de dimensionar quantos recursos produzidos aqui poderiam melhorar a oferta de serviços públicos e políticas sociais.

Esqueçamos por ora que parte desse cenário deveria compor a crônica policial, se não fosse a existência da lei 9.249/1995, que extingue a punibilidade de crime contra a ordem tributária. É preciso deixar claro que não se trata aqui de perseguir ricos, mas sim de cobrar que façam parte do jogo.

Se os ricos, como se convencionou dizer, de fato não deveriam sentir vergonha de sua condição, então que se apresentem sem os benefícios fiscais de que dispõem, em nome de um país socialmente justo.

É preciso também diferenciar os impostos sobre as atividades produtivas de suas empresas -sim, eles existem- de suas fortunas pessoais. Os primeiros, além de serem distribuídos por toda a sociedade na forma de preços, não são moral e civicamente o sacrifício máximo a perdoar a ausência dos demais.

A saúde pública brasileira precisará, segundo o governo, de R$ 30 bilhões adicionais por ano para viabilizar a EC 29. Uma das fórmulas mais modestas de imposto sobre grandes fortunas, entre tantas já propostas, daria conta do recado: 1,5% de alíquota média anual sobre patrimônios que ultrapassassem 8.000 salários mínimos. Assim, já teríamos o dinheiro necessário.

A recente recusa da Câmara em aprovar a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) mostra que a tarefa não é simples. A CSS iria incidir apenas sobre cidadãos que ganham mais do que o equivalente ao teto da Previdência Social (R$ 3.691). Isso representa aproximadamente 5% dos que trabalham.

Embora parte desse público não deva ser considerado rico, a proposta da CSS, de autoria do deputado Pepe Vargas (PT-RS), aponta para o conceito de progressividade tributária. Esse detalhe, nada desprezível, foi ocultado pela imprensa.

Sabe-se que, recentemente, um grupo de milionários franceses e o bilionário investidor norte-americano Warren Buffett vieram a público pedir que seus governos aumentem a taxação sobre eles.
Bondade, espírito cívico? Talvez. Mas a iniciativa sem dúvida mostra que eles sabem ser mais vantajoso ter uma parcela um pouco menor numa sociedade de economia mais dinâmica e com melhores condições de vida.

Artur Henrique é presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Texto publicado na coluna Tendência/Debates do jornal Folha de S. Paulo, em 24/09/2011

domingo, 25 de setembro de 2011


Exclusivo! Merval Pereira, o "Imortal da ABL", vomita em pleno discurso de posse


Merval confessa que Globo só publicou a verdade do Riocentro quando o crime prescreveu

Dezoito anos depois, em 1999,
O GLOBO deu outro "furo"...
O crime prescrevera...
Merval Pereira, 23/09/2011

A impunidade é a mãe da corrupção. Com a impunidade, o crime compensa para quem é corrupto. Uma das estratégias mais comuns dos corruptos para "conquistar" a impunidade é deixar o tempo correr até a prescrição do crime.

Em seu discurso de posse na ABL (Academia Brasileira de Letras), o "imortal" Merval Pereira (PIG/RJ) cometeu um ato falho:

Confessou que "O Globo" só publicou algumas verdades sobre o atentado do Riocentro depois que o crime prescreveu. Eis o trecho do discurso:



Trago comigo um exemplo de como o jornalismo pode auxiliar essa busca da verdade. Em 5 de maio de 1981, eu escrevia a coluna política do Globo chamada "Política Hoje Amanhã", e tive acesso à informação de que o laudo da explosão do Riocentro, ocorrida dias antes, no dia 1 de Maio, havia confirmado a presença de outras duas bombas no Puma dirigido pelo capitão Wilson Machado.

A notícia foi manchete do Globo, deixando claro que a versão oficial de que a bomba fora colocada no carro por terroristas de esquerda apenas encobria a verdade da tentativa do atentado.

Dezoito anos depois, em 1999, O GLOBO deu outro "furo", que provocou a reabertura do caso. A série de reportagens de Ascânio Seleme, Chico Otavio e Amaury Ribeiro Jr. ganhou o Prêmio Esso de Reportagem daquele ano e reabriu o caso, transformando o Capitão Wilson Machado e o sargento Guilherme Pereira do Rosário de vítimas em réus.
O crime prescrevera, mas a verdade estava restabelecida. Eu era o diretor de redação do Globo naquela ocasião, e senti como se um ciclo histórico tivesse sido fechado, com a minha participação.

Por trás destas belas palavras, dando uma conotação de epopéia épica e heróica ao seu jornal e a si próprio, está legível nas entrelinhas com toda a clareza dos fatos:


Só 18 anos depois, quando o crime prescrevera, o jornalão deu o "furo"!


Vamos à cronologia dos fatos reais:

- O atentado do Riocentro foi no 1º maio de 1981.

- Havia um racha dentro do governo da ditadura: um grupo de militares (fiéis ao regime) que não tinham rabo preso com o atentado queria apurar. Outro grupo ligado ao SNI (Serviço Nacional de Informações), envolvido com os autores e mandantes do atentado, queria abafar.

- Os militares que queriam apurar, começaram conduzindo as investigações do atentado. Foram as fontes do Merval em 5 de maio de 1981, ou seja, fontes oficiais da própria ditadura.

- Em seguida o grupo ligado ao SNI que queria abafar prevaleceu, sob intensa pressão, afastando do inquérito os militares que queriam apurar a verdade.

- O que Merval não conta em sua "epopéia histórica" é que o jornalismo da Globo voltou atrás e anunciou que as imagens das bombas eram de extintores de incêndio (a nova versão oficial divulgada pela turma do SNI).

- "O Globo" virou a casaca e passou a publicar as novas versões oficiais do SNI, inclusive dando suporte midiático para tentar convencer a opinião pública do resultado final do vergonhoso IPM (inquérito policial militar), que não convenceu ninguém porque apresentava uma versão tão fantasiosa dos fatos para inocentar os culpados, que ofendeu a inteligência até dos militares que não tinham rabo preso com o episódio.

- Em 1985, o poder voltou às mãos civis, restabelecendo as liberdades. "O Globo" manteve o silêncio dos cúmplices.

- Em 1988 a Constituição Federal entrou em vigor sacramentando as garantias para as liberdades civis, como a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. "O Globo" manteve o silêncio.

- Em 1989 houve a primeira eleição direta para Presidente da República, em 1994 a segunda e em 1998 a terceira.

- Por que o jornalão esperou 1999, para deixar repórteres seguirem a pauta dos "furos" que havia no IPM oficial?

Uma pista, o próprio Merval cita em seu discurso: o crime estava prescrito.