Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 1 de maio de 2011

1º de maio. O que comemorar?

"Hoje em dia, tudo parece levar no seio a sua própria contradição. Vemos que as máquinas, dotadas da propriedade maravilhosa de reduzir e tornar frutífero o trabalho humano, provocam a fome e o esgotamento do trabalhador. As fontes de riqueza recém-descobertas se convertem, por artes de um estranho malefício, em fontes de privações. Os triunfos da arte parecem adquiridos ao preço de qualidades morais. O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou da sua própria infâmia. Até a pura luz da ciência parece só poder brilhar sobre o fundo tenebroso da ignorância. Todos os nossos inventos e progressos parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, enquanto reduzem a vida humana ao nível de uma força material bruta. Este antagonismo entre a indústria moderna e a ciência, de um lado, e a miséria e a decadência, de outro; este antagonismo entre as forças produtivas e as relações sociais da nossa época é um fato palpável, esmagador e incontrovertível. Alguns partidos podem lamentar este fato; outros podem querer desfazer-se dos progressos modernos da técnica com o fim de se verem livres dos conflitos atuais; outros ainda podem imaginar que este notável progresso industrial deve ter como complemento uma regressão política igualmente notável. No que se refere a nós, não nos enganamos a respeito da natureza desse espírito maligno que se manifesta constantemente em todas as contradições que acabamos de assinalar. Sabemos que, para fazer trabalhar bem as novas forças da sociedade, basta tão somente que estas passem às mãos de homens novos; sabemos que tais homens novos são os operários.
Os operários são igualmente um invento da época moderna, como as próprias máquinas. Em todas as manifestações que desconcertam a burguesia, a aristocracia e os pobres profetas da regressão, reconhecemos o nosso bom amigo Robin Goodfellow, a velha toupeira que sabe cavar a terra com tanta rapidez, esse digno sapador que se chama revolução. Os operários ingleses são os primogênitos da indústria moderna. E não serão, naturalmente, os últimos a contribuir para a revolução social produzida pro essa indústria, revolução que significa a emancipação da sua própria classe em todo o mundo e que é tão universal como o domínio do capital e a escravidão assalariada. Conheço as lutas heróicas travadas pela classe operária inglesa desde meados do século passado e que não são tão famosas por terem sido mantidas na obscuridade e em silêncio pelos historiadores burgueses. Para vingar-se das iniquidades cometidas pelas classes governantes, existia na Alemanha, durante a Idade Média, um tribunal chamado "Femgericht"(gênio que ajuda os homens nas suas missões). Se alguma casa aparecia marcada com uma cruz vermelha, o povo sabia que o proprietário da mesma casa havia sido condenado por Temis. Hoje em dia, todas as casas da Europa estão marcadas com a misteriosa cruz vermelha. A história é o juiz; o agente que executa a sentença é o proletariado."
-Discurso pronunciado por Karl Marx na festa de aniversário do jornal londrino "People's Paper".

2 comentários:

Anônimo disse...

Seu Jorge, falar em trabalhador, veja a lista dos salários dos Delegados de Polícia do Brasil, sabe quem são os fonas ? São paulo, Minas Gerais e Pará, os que os mesmo têm em comum ? Todos são governados pelo PSDB, ou seja, PSDB (Pior Salário do Brasil)

Delegado João Bernardo da Silva, que não tem salário na Alepa.

Anônimo disse...

Na ilharga és tão paradoxal!!!!