O São Paulo dava sufoco no Santos marcando a saida de bola do Peixe e beneficiando-se da pouca mobilidade da meiuca do adversário, tanto para defender quanto para atacar. Dagoberto, Jean e Ilsinho tiveram à sua frente uma avenida deserta e por ali criaram uma penca de chances não aproveitadas.
Para o 2º tempo do jogo, Muricy Ramalho sacou do time Zé Love e colocou o zagueiro Bruno Aguiar, adotando claramente o 3-5-2. Adiantou Arouca, Danilo e Elano pelo meio; Jonathan e Léo pela laterais e posicionou Paulo Henrique Ganso fazendo uma espécie de "pião" entre o centro do campo e a intermediária sãopaulina.
Resultado, um segundo tempo primoroso santista ante um tricolor inerte, que foi sendo golpeado indefeso até ir a nocaute. A dupla Ganso e Neymar, revival suis generis da Pelé/Coutinho, soube suportar com dignidade monástica os momentos de sufoco, ah... como é gostoso ver o Neymar quando está focado apenas em brindar o público com aquilo que provoca enlevo, sem aquelas encenações marrentas e detestáveis; e como é prazeiroso ver o Ganso surgir das trevas de uma atuação apagada e, de repente, iluminar o palco do espetáculo como uma espécie de Orson Welles dos gramados, gerando luz nos espaços mais sombrios.
É o tipo do jogo em que o torcedor vencedor fica igual a pinto no lixo, o perdedor consolado pela qualidade do vencedor e o indiferente(como eu) querendo mais e lamentando que o tempo de acréscimo tenha sido de apenas três minutos. Égua do jogão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário