Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Pranto insistente das velhas carpideiras
Pelo visto, ainda não cessou o chororô pela queda do queridinho do tucanato Roger Agnelli, que caiu em desgraça com os principais acionistas da empresa que presidia( o governo e os fundos de pensão) quando demitiu 1300 funcionários, no limiar da crise eclodida em 2008, "sentado num lucro de R$30 bilhões" como resumiu Lula, à época tentando tranquilizar a população brasileira a respeito dos estragos que aquela crise causaria; bem como por ter feito todos os esforços para impedir a instalação de uma fábrica que produzisse aço em Marabá, pois desdenha da agregação de valor aos produtos minerais que possam levar ao desenvolvimento regional, preferino vender minério de ferro como commoddity, afinal, em 2000, a tonelada custava US$28,79, e, em 2010, já custava US$182. Hoje, com o episódio superado e o emplumado já na condição de ex-presidente da Vale, resta aproveitar o ensejo para manter viva a discussão sobre os royalties pagos por ela, provavelmente os mais baixos do mundo, por conta de sua histórica relação promíscua com sucessivos governos, ao tempo em que ainda era estatal e mandava e desmandava em prepostos travestidos de governantes, que se regalavam com as famosas Antecipações de Receitas Orçamentárias, as famigeradas AROs. Segundo matéria da revista Carta Capital desta semana quase finda, todos os grandes produtores de minério debatem o aumento das alíquotas dos royalties à medida que sua extração impacta o meio ambiente. Ainda, segundo a referida matéria, o Canadá, que já possui uma alíquota de 15%, estuda aumentá-la ainda mais; indo no mesmo rumo África do Sul, Zâmbia, Colômbia, Indonésia e Austrália. Portanto, à margem de qualquer malandragem autopromocional de algum senador, urge que se desencave projetos estagnados na burocracia daquela Casa de Leis fazendo-os voltar à discussão e deliberação. O povo brasileiro penhorado agradeceria.
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