Custa a crer que haja veracidade na nota publicada hoje, no Repórter da Ditadura, dando conta que o secretário Edilson Rodrigues está disposto a encaminhar alterações à Lei Orçamentária, já em tramitação na Assembléia Legislativa.
Não podemos ser ingênuos em achar que as alterações almejadas pelo staff da Lorota são meros ajustes acessórios que não implicarão em perdas de cunho social. Quem leu domingo a entrevista do principal responsável da transição pelo lado tucano percebeu que está em jogo a cunha da marca registrada do PSDB calcada em arrocho salarial, corte de gastos e ausência do Estado no fomento à atividade produtiva. Com efeito, o oposto do que o atual governo imprimiu quando impôs a presença do poder público em todas as regiões.
Logo, não é a atual gestão que vai violentar suas convicções para facilitar um modelo que não vê com bons olhos políticas de inclusão social. Então, eles que imprimam seu modelo excludente e expliquem ao povo ser ele melhor que o atual, afinal, foram eleitos e tem legitimidade para fazer aquilo que julguam ser melhor. Desde que assumam o que fazem, sem precisar de escudos que amorteçam os petardos da desconfiança da sociedade. Vale dizer, qualquer mudança de rumos daqui pra frente só pode ser responsabilidade do governo prestes a começar, jamais do que está encerrando.
2 comentários:
O povo já começou a perceber (muito tarde) o quanto este governo tem em seu DNA, a marca do neoliberalismo. A política excludente que com que vai governar, já foi cantada pela equipe da transição. Vem poi aí arrocho salarial, mudanças no modelo econômico (adeus aos empregos em Marabá com a ALPA), pois o Estado mínimo vai ser instalado, enfim, a desgraça está chegando ao Pará com esse governo totalmente elitista.Pobre de nós
Perfeito, esta é a grande diferença entre os dois projetos de governo de pt E psdb. Flexa há dias atrás falando da CPFM dissa em letras garrafais: "O estado tem que ser mínimo" ( claro ele é empresário). Agora o que não dá pra engolir é a tucanagem não assumir suas posições conservadoras e neoliberais, e usar a "transição" como bode expiatório para o arrocho que vem por aí. O orçamento será alterado para, ações eleitoreiras, que eles chamam de "Programa"( não trabalham com políticas públicas porque rompe com as benesses) e as emendas parlamentares para tapar a boca da oposição na Assembléia e aí tá armada o circo dos horrores.Quem viver viverá.
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