Candidatos tucanos têm demonstrado desenvoltura com números, como se esses fossem atestado de bons governos feitos por eles. Pura enganação. Não passa de artimanha de bandoleiros da administração pública, que sacam primeiro suas armas de festim para "matar" a realidade que desnuda suas incompetências.
O jornalista Miro Borges publica alguns números a respeito do desempenho do governo de São Paulo, há dezesseis anos nas mãos dos tucanos, demonstrando que o descaso com a coisa pública é que os move nessas quase duas décadas e só as gordas verbas gastas em publicidade permitem que a mídia aliada divulgue como real o mito dessa eficiência administrativa.
Por exemplo, em educação, São Paulo tem 108.441 professores temporários de um total de 238.252 professores, o que demonstra total descaso com a qualificação na medida em que não pode apostar na melhor formação dessa mão de obra; paga o 11º salário do país, apesar de ser o estado mais rico da Federação; 13,2% dos adolescentes paulistas estão fora da escola e o número de analfabetos funcionais cresce a cada ano, tendo passado de 29 mil para 51, no último censo realizado há dois anos.
Na área da saúde, gasta apenas 9,6% do orçamento, quando a Constituição Federal manda aplicar o mínimo de 12% das receitas correntes líquidas, para driblar o comando constitucioal até gastos com gestão administrativa são contabilizados na rubrica saúde; organizações sociais dirigem 23 hospitais públicos e abocanham R$1,96 bilhão, cerca de 52% de todo o orçamento; a consequência disso foi a queda de 11,50% no número de leitos hospitalares; precarização das instalações e deterioração dos equipamentos, o que levou à formação de um contingente de 580 mil portadores crônicos do vírus da hepatite B e 420 mil portadores do vírus da hepatite C; as doenças diarréicas cresceram, em dois anos, de 403 mil para 617 mil, decorrentes da falta de investimentos em saneamento básico.
Na área da construção de equipamentos públicos, a licitação viciada das obras do Rodoanel, ou Roboanel, cujo resultado foi conhecido seis meses antes da abertura dos envelopes, maracutaia que saiu pela fábula de R$1 bilhão, bem como as peripécias de Paulo Preto no favorecimento às empreiteiras que constroem o metrô de São Paulo desmentem cabalmente aquela numerologia fabricada pra enganar desavisados.
Pensando bem, se compararmos com a bandalheira do Projeto Alvorada; com os favores fiscais à Cerpasa, em troca de R$12,7 milhóes para a campanha; a mentira da construção, dotação de equipamentos e a colocação para funcionamento dos hospitais regionais, mentira desmentida pela própria publicação da prestação de contas, que declarava que alguns desses hospitais tinham 85% de sua área construida, concluiremos que se trata de duas campanhas semelhantes. Na farsa dos números e no número de farsas cometidas à margem da lei para favorecer um séquito de áulicos que sempre viveram como parasitas dos cofres públicos.
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