Em fevereiro deste ano, o Instituto Datafolha fez uma pesquisa de intenções de voto para a presidência da república, usando corretamente a proporção de eleitores por região e seu respectivo peso eleitoral. Resultado: foi constatada uma situação de empate técnico entre os candidatos José Serra(34%) e Dilma Roussef(31%), sendo a margem de erro daquela pesquisa de dois pontos percentuais. Vale lembrar que essa e mais duas pesquisas feitas posteriormente, pelo Instituto Sensus e pelo Vox Populi, atestaram essa tendência, de subida de Dilma e queda ou estagnação de Serra.
Pois bem, quando março chegou e Serra, o queridinho da Folha, entrou de cara na campanha sucessória de Lula, o instituto ligado ao jornal paulista resolveu mandar às favas qualquer atitude de honestidade e manipular grosseiramente suas duas pesquisas seguintes, com o claro e malsinado intento de favorecer o ex-governador.
Para isso, inflou artificialmente o eleitorado da Região Sudeste, principalmente o que Serra já governou, elevando seu peso real dos 42% que lhe cabem para 61,2%, com o claro intento de favorece-lo; e reduzindo o do Nordeste, onde Lula tem cerca de 90% de aceitação, de 29% para 18,4%. Além disso, como há uma tendência de subida de Dilma na Região Sul, o Datafolha reduziu o peso do eleitorado sulista de 14% para 11,6%.
É óbvio que a velhacaria daquela organização mafiomidiática tenta mostrar que Serra continua liderando as pesquisas de intenção de voto, na medida que isso é fundamental para a tentativa de atração de aliados, afinal, até aqui, Zé só conta com o mal afamado DEM e o desacreditado PPS, cuja autoproclamada decência não resiste à uma investigação feita no mais simplório lupanar. Não é à toa que, além do delito estatístico, a Folha investiu furiosa contra o Vox Populi e o Sensus, ensejando até uma representação no TSE contra este, que prontamente abriu sua pesquisa a qualquer ente que queira dissecá-la.
Agora, para que as próximas eleições não corram o risco de ter reeditada a vergonha da Proconsult, em 1982, quando a Rede Globo tentou, através de uma apuração paralela usurpar a vitória de Leonel Brizola ao governo do Estado do Rio de Janeiro, seria bom que o Tribunal Superior Eleitoral auditasse todas as pesquisas de intenção de votos até aqui realizadas, punisse os que comprovadamente fraudaram resultados e estabelecesse regras mais rígidas daqui pra frente, punindo severamente a ação de organizações criminosas travestidas de orgãos de comunicação.
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