O que quis dizer o presidente da Associação dos Magistrados, Paulo Vieira, com a frase "... atacar a magistratura é atentado ao Judiciário, última trincheira das garantias do cidadão e do Estado Democrático de Direito"?
Será que ele quis dizer que só o Judiciário é digno de crédito decretando, por conta própria, a falência do Legislativo e do Executivo? Será que ele ignora que Rocha Matos, Lalau e Murrieta sairam do Judiciário?
É legítimo que ele defenda a sua categoria, mas que não o faça às custas de agressões aos outros poderes. Isto sim é um precedente perigoso para a democracia, afinal, o digno magistrado sabe que é a harmonia e a independência entre os poderes é, de fato, o esteio de um verdadeiro Estado de Direito.
Um comentário:
O presidente da associação dos magistrados deixou-se levar nesse momento de parcialismo do judiciário paraense pelo legalismo recorrente de perfil positivista sem fazer a diferença entre o legal e o legítimo. A constatação é simples:o dever republicano e a ética ainda passam longe do único poder que se isola em casa de marfim sem sensibilidade pública.
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