Nem toda soma é benéfica e toda subtração maléfica. Às vezes, livrar-se de objetos pesados para manter o rumo de uma nau pode ser a solução para que ela chegue ao seu destino. Talvez, os troianos não tivessem perdido a guerra contra os gregos se não tivessem colocado para dentro de suas muralhas, até então intransponíveis, aquele enorme cavalo.
E se alguém toma uma atitude, é esta pessoa que agiu a responsável por explicar o porquê da ação. Querer transferir para quem sofreu os efeitos daquela ação a obrigação de explicar porque ela foi tomada é inverter a ordem lógica dos acontecimentos. Tornando-se mais grave, ainda, quando o que está por trás dessa cobrança indevida é a manutenção de uma "soma" quantitativamente alentada, mas qualitativamente nefasta.
Vale dizer, essa quantidade só terá sentido se for intrinsecamente qualitativa e produzir efeitos que beneficiem a todos. Enquanto forem benéficas no varejo e prejudiciais no atacado, não servem. Constituem-se soma enganosa a produzir um único efeito: frustração.
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