Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vic, o filho de ACM

Quem olha a Bahia pelos olhos da propaganda que a Propeg, a super poderosa agência de publicidade mantida pelos seguidos governos da direita naquele estado, costuma enaltecer o amor do ex-governador Antônio Carlos Magalhães pelo seu estado e pelo seu povo. A Bahia de ACM tinha um carnaval lindo de morrer, o Pelourinho restaurado e... mais o quê?
A Bahia ainda detém um dos maiores índices de analfabetismo do país, os indicadores sociais são deploráveis, para um estado vendido como maravilhoso pelos carlistas, como eram chamados os seguidores, especialmente os estafetas, de ACM. A herança social do carlismo é coisa de madrasta má, de 16 anos de um poder baseado na força, na ameaça e no uso da Justiça contra os adversários.
Acostumado a governar com um chicote na mão e um monte de dinheiro na outra, conforme histórica matéria escrita por Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo, ACM fez da Bahia um feudo. Usava de tudo para manter-se no poder, e até mandava prender e arrebentar. Controlava delegados e juízes, determinando a lei a partir de seus interesses. Disse certa vez, repetindo alguém, que aos amigos tudo, aos inimigos a lei. A lei dele, ou, como dizem em Salvador, de “lá ele”.

Vic, o filho de ACM, parte II

ACM tratava jornalistas e adversários na base da porrada. Quando era ministro partiu para cima de um repórter de TV, mais tarde mandou grampear o namorado de uma ex-amante e aí colocou na panela do grampo os adversários, juízes, advogados... Era um fraudador. E como fraudador teve que renunciar a um mandato de senador.
ACM brigava com jornalistas e adversários processando-os a rodo, contando com uma rede de juízes que sucumbiam ao seu tacão tirano por medo ou por privilégios moralmente questionáveis. Quando era contrariado, ACM enviava faxes virulentos nos quais a mãe do adversário era agraciada com adjetivos e impropérios com as mais imorais ofensivas situações e conceitos. Isso quando o cidadão e sua família não eram perseguidos ou humilhados publicamente.
Não é necessário e nem interessante comentar as tensas relações com a sua própria família, envolvendo até acusações, jamais provadas, embora, de crimes de morte.

Vic, o filho de ACM, parte III

Para saber como era a Bahia de ACM é preciso viajar. Não para o seu paradisíaco litoral, mas para os sertões, para a caatinga, para ao semi-árido. Vai ver o abandono histórico, agora combatido e modificado pelo governo petista de Jaques Wagner. Cada obra e ação social do governo Wagner serve para mostrar o que havia antes, ou melhor, o que não havia antes.
ACM era amigo de Roberto Marinho. Tinham um conluio que incluía Sarney. Compartilhavam segredos e artimanhas. ACM é dono de seis emissoras de TV afiliadas à Rede Globo e de duas FMs também globais. Usava essa relação para encobrir desgraças. Em 2007 descobriu-se que o governo de Paulo Souto e ACM mascarava os números da violência na Bahia. Divulgavam índices “aceitáveis” e contavam com a cumplicidade da Globo, de uma significativa parte da grande mídia, hoje conhecida como PIG, e, claro, da sua rede de comunicação.
Se deu certo então, ajudando na “boa imagem” do carlismo e da Bahia segura e desenvolvimentista, apesar de um PIB per capita miserável, ainda influencia hoje, já que, ao dar transparência aos números e divulgar os índices da violência sem máscaras e falsidades, Jaques Wagner paga um preço alto, refletido nos índices da avaliação popular do seu governo.

Vic, o filho de ACM, parte final

Pois aquele ACM, do chicote, dos grampos, do analfabetismo, da violência contra jornalistas, da perseguição judicial aos adversários, do uso manipulador da mídia (especialmente por meio da Rede Globo), o ACM da mentira desavergonhada, que morreu duas vezes, uma ao perder o poder para Jaques Wagner em 2006 e outra ao falecer fisicamente, aquele ACM era um pai para Vic. Vic era como um filho para ele, principalmente depois da morte de Luís. Um orgulho de Vic, o que dá uma idéia do que passa naquela cabecinha de apresentador de telejornal.
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Um comentário:

Anônimo disse...

O homem das três letras gosta de três letras: ACM, FHC, FCM (Fernando Collor de Melo). Aliás, na eleição do Collor, ele tentou manipular o noticiário da TV Liberal. Ou seja, o apresentador mudava o texto do redator para mostrar o Collor sempre na frente na apuração dos votos, em Belém. Manipulação é coisa que ele conhece bem