A Maldição Tucana

O presidente do Clube do Remo, o ex-vereador e ex-secretário de governos tucanos Amaro Klautau, cria do indefectível Flexa Ribeiro, sem ter no momento o que privatizar, anunciou a venda do estádio Evandro Almeida, mas diz que só entrega quando outro estiver construído pelo comprador.
Ora, se o estádio vale quarenta milhões de reais, para construir outro do mesmo porte, é de se esperar que seja gasta quantia semelhante ou aproximada. Com isso, é pouco provável que essa venda sirva para pagar as imensas dívidas que atormentam o Leão Azul, ainda de Antonio Baena, pois se tratará de conta com produto próximo de zero.
A julgar pelo histórico tucano na hora de alienar patrimônio, é provável que dentro em breve o Remo seja o feliz proprietário do estádio do Pedreira, no Mosqueiro; do Pinheirense, em Icoaraci; ou até do projeto de estádio para Ananindeua, concebido por Helder Barbalho e que ainda não saiu do papel; enquanto que o feliz dono do Baenão certamente estará fazendo dele o uso que Amaro não teve competência para faze-lo.
Deveria constar nos estatutos dos clubes cláusula proibitiva de acumulação de mandato eletivo com cargos diretivos nessas agremiações. No caso de tucanos, além dessa cláusula, deveria constar outra em que eles se comprometessem a não vender nem picolé nas dependências do clube. Assim, sócios e torcedores dormiriam menos intranquilos.