Depois da canalhice perpetrada, ontem, pela direção estadual do PT contra um dos pontos mais importantes daquilo que Lula fala, sobre termos um Senado com caráter progressista, eis que o PT do Pará abriu mão de dar sua contribuição a fim de que tenhamos êxito nessa luta contra Centrão e extrema direita, que querem dominar o Senado para achacar o governo e o STF.
Com efeito, ao operar um famigerado escambo em que abriu mão de uma candidatura petista ao Senado, recebendo provavelmente em troca, já que nem isto está garantido, uma candidatura a vice na chapa emedebista, candidatura essa até aqui fadada ao fracasso.
Assim, caso esse quadro não se altere, poderemos ter como candidatos ao Senado pelo Pará, com chances reais de vitória o próprio Helder Barbalho, seu preposto Chicão, tendo como único adversário a incomodar essa hegemonia emedebista o agora liberal Simão Jatene.
Pergunta-se: qual desses é confiável, na perspectiva de um embate em que um provável novo governo esteja de um lado e as forças conservadoras de outro?
Claro que nenhum deles. Esses últimos quatro anos foram lapidares para que se avalie. De Simão e Chicão nem precisa gastar energias comentando a respeito; o primeiro é anti PT de carteirinha e certamente assim se comportaria no Senado; já o segundo nem registro geral deve ter, a foto comprobatória de sua existência no citado documento deve ser a de Helder, dado o grau de servilismo que os une.
Já o que conta, o quase ex governador do Pará, a bancada sob sua liderança passou esses três anos de mandato do presidente Lula votando contra o governo; foi contra publicamente a criação de uma reserva ambiental às margens do rio Tocantins; passou grande parte de seu mandato em atividades da sombria Lide, articulação conservadora que une João Dória Jr e Tarcísio de Freitas, tudo sob supervisão do mega larápio Michel Temer, a quem Helder é ligado.
Resumo da ópera: corremos o risco de ver o futuro senador Helder Barbalho usando o mandato, desde 2027, na preparação de seu futuro político, seja para volta ao governo do estado seja para fazer parte de uma chapa presidencial, afinal, megalomania não depende do tamanho do espelho, mas, do olhar de quem está diante dele. Preocupante!

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