Rapá, desses R$430 mil encontrados na casa do deputado e gatuno Sóstenes Cavalcante, pelo menos uns trinta mil devia ser pra compra de frascos de óleo de peroba.
Nem o chefão dele, o Malacheia, seria capaz de inventar uma desculpa tão estapafúrdia, de que o dinheiro estava lacrado e isso é sintoma de que adquirido de forma honesta. Risos! Gargalhadas!
Sóstenes, o descuidista, é mais uma vítima do dramaturgo, cronista e o escambau, Nelson Rodrigues, hoje lembrado nas redes sociais, quando disse lá na década de 1950, 'por trás de todo moralista esconde-se um grande canalha'.
E nessa época em que basta a palavra do envolvido em roubo para ser considerado sério, seguirão firmes e fortes as empresas de fachada prontas a lavar o dinheiro que esses malfeitores roubam do erário e acabam tornando às suas contas.
Pior que essa tara é progressiva. Antes, a verba de representação, auxílio disso, daquilo, daquilo outro eram suficientes para apascentar os apetites desses gatunos investidos de mandatos parlamentares; depois da passagem do mega larápio Eduardo Cunha pela presidência da Câmara Federal, quando criou-se o famigerado 'orçamento impositivo', que virou 'secreto', proibido de ser exposto como se fosse um filme pornô, consumou-se a evolução dessa voracidade delinquente que precisa de um freio urgente, antes que nos tornemos a República do Óleo de Peroba.
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