Cresce a desconfiança entre jornalistas mais experientes, que Luiz Fux deixará brevemente o STF, bem antes da aposentadoria compulsória, a fim de seguir carreira política.
Sua querela com o colega Gilmar Mendes, depois de pedir vistas em processo que já está 4x0, isto é decidido, contra o ex juiz Sérgio Moro, que acusou Gilmar de vender habeas corpus, foi a gota dágua.
Antes, já tinha apresentado aquele soporífero 'voto divergente', que durou mais de 13 horas e sem direito a apartes, na 1ª Turma do STF, quando consumou-se a condenação do ex presidente a mais de 27 anos de prisão.
Agora, quando troca de turma julgadora e vai ficar frente a frente com o o decano da Corte na 2ª Turma, que o chamou de "figura lamentável", terá o ambiente ideal para alegar a falta de clima entre os colegas, antecipando o pedido de aposentadoria.
Livre para voar, deve bater asas para um partido conservador que apoie sua candidatura presidencial, cujo mote inicial deve ser a defesa dos 'pobres velhinhos' com a bíblia na mão, no 8/1, na verdade uma defesa dos líderes golpistas que foram, e ainda estão sendo, condenados.
Depois, todas as teses caras à elite, o surgimento de um novo surto moralista, a pose professoral, ensaiada a quando do voto derrotado na primeira turma, encenando um intelectual capaz de fazer frente a Lula, serão aprofundadas na perspectiva da montagem de mais um 'salvador da pátria' que a direita apresenta sempre quando está em apuros. Por enquanto, tudo não passa de desconfiança.

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