Agosto sempre foi considerado um mês cabalístico da política brasileira; dois dos momentos mais marcantes de nossa história recente são datados deste mês.
Hoje, por exemplo, faz 71 anos do suicídio do presidente Getúlio Vargas, vitimado por uma campanha sórdida da mídia brasileira da época, esta a serviço de interesses do capital estrangeiro.
Depois de criar a Petrobras, a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, entre outras grandes empresas estatais que fomentavam nosso desenvolvimento, Getúlio foi violentamente atacado por anti nacionalistas até cometer suicídio.
Amanhã, completará 64 anos da renúncia do presidente Jânio Quadros, um sujeito delirante que jamais desgrudava do espelho imaginário em que vivia cultivando a própria imagem; renunciou imaginando que o povo o carregaria nos braços de volta ao governo. Morreu esperando Godot.
São fatos marcantes na compreensão do que hoje ocorre na política brasileira, onde a mão quase invisível do mercado, vulgo poder sorrateiro das elites, segue vigilante na missão de derrubar qualquer presidente da República eleito pelo voto soberano da população que queira inserir os pobres no orçamento.
Para isso, contam com a cumplicidade de uma mídia que nasceu venal, como dizia Millôr Fernandes, aperfeiçoou-se na arte de manipular fatos em favor dos seus patrões e sempre esteve do lado errado da história, como mostra outro fato marcante da nossa história, a quartelada de 1964, maciçamente apoiada por toda essa caterva que até hoje vive da distorção da realidade.
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