Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Queda no preço dos alimentos desacelera IPCA em junho

Contrariando mais uma vez expectativas do mercado financeiro, o governo Lula vem consolidando um ambiente macroeconômico cada vez mais favorável à queda da inflação no Brasil. Nesta quinta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,24% em junho, ante 0,26% no mês anterior.  Trata-se da quarta redução consecutiva. No ano, a inflação acumulada é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%.

A desaceleração foi puxada principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas, que registrou a primeira deflação desde agosto de 2024 com uma queda de 0,18% no mês. “O grupo foi influenciado pela alimentação no domicílio, que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com quedas no ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22)”, destaca o IBGE, em comunicado.

“Essa variação negativa deve se repetir em julho”, avalia o economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners”, em declaração à jornalista Míriam Leitão. “A tendência é voltar para o campo positivo em agosto, a intensidade vai depender das questões climáticas”, pondera.

Segundo o IBGE, a alimentação fora do domicílio também desacelerou, com um recuo para 0,46% em junho, ante 0,58% de maio. O subitem lanche oscilou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, despencou de 0,64% em maio para 0,41% em junho.

O IBGE aponta que a redução no grupo Alimentação e bebidas se se deve ao índice de difusão do mês de junho, os chamados subitens, que caíram de 60% em maio para 54% em junho. Entre os alimentícios, o índice caiu de 60% para 46% e entre os não alimentícios, manteve-se a taxa de 60%. “Foi o menor índice de difusão desde julho de 2024 (47%), quando o grupo Alimentação também apresentou uma redução em sua taxa (-1,00%)”, destaca o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.

“Se tirássemos os alimentos do cálculo do IPCA, a inflação do mês seria de 0,36%. E se tirássemos a energia elétrica, ficaria em 0,13%”, explica. De fato a pressão inflacionária de junho se explica pela alta da energia elétrica residencial, que registrou uma alta de 2,96%, em função da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1.

“O grupo dos Transportes também teve contribuição positiva relevante no mês (0,05 p.p), aumentando 0,27% após recuo de 0,37% em maio. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta”, aponta o IBGE, em comunicado.

(IBGE/ Agência PT)

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