O pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciando ontem(27) medidas que visam golpear a secular ordem tributária injusta deste país, esteve no nível do pronunciamento do então presidente João Goulart, no célebre comício da Candelária em que foram anunciadas as reformas de base que seu governo pretendia por em prática, sendo impedido pela quartelada de 1/4/1964.
A diferença é justamente esta: Jango caiu porque os EUA tinham pavor que o Brasil se tornasse uma gigantesca Cuba, daí ter financiado o torpe golpe de estado que depôs Jango.
Já, hoje, respiramos um ar menos propício a golpismos, como estamos vendo nas ações das instituições, que prendem os que atentam contra a democracia, ficando como último reduto da defesa do status quo injusto que ainda nos assola a possibilidade de um Congresso infestado por integrantes de bandos que usam os respectivos mandatos, oriundos do voto popular, para delinquir.
Espera-se que a mesma pressão popular que lutou pelo restabelecimento da democracia no país volte a ser efetiva e obrigue a velhacaria parlamentar a votar a favor dos interesses de toda a sociedade brasileira, reduzindo significativamente a desigualdade sócio/econômica que nos aflige desde os tempos coloniais, afinal, como uma das oito economias mais ricas do planeta, não temos o direito de relegar tantos milhões de brasileiros à pobreza que sustenta o luxo da minoria insensível.
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