Vacinas salvam vidas, e o esforço do governo Lula pela erradicação de doenças acaba de ser novamente reconhecido. Na terça-feira (12), o presidente recebeu, no Palácio do Planalto, o certificado de eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no Brasil, entregue pelo diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Américas, Jarbas Barbosa, que estava acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Esse novo reconhecimento reforça a virada de página do negacionismo tenebroso do governo Jair Bolsonaro, que permitiu, por exemplo, que 40 pessoas morressem de sarampo, em meio ao desmonte do Programa Nacional de Imunização (PNI), que ficou mais de sete meses sem coordenação entre 2021 e 2022.
Com Lula, o Brasil recuperou, em menos de dois anos, a liderança em imunização graças à retomada das campanhas vacinais. Com a certificação do país, as Américas retomam o status de região livre de sarampo endêmico.
Capacidade e liderança
As capacidades técnica e de liderança do presidente Lula e da ministra Nísia foram apontadas pelo diretor como fundamentais para o resultado. “É inspirador ver a retomada do programa de imunizações, com o presidente da República usando o broche do Zé Gotinha, vacinando-se publicamente e incentivando a população, o que faz uma enorme diferença e serve de exemplo para que outros líderes da região também assumam esse compromisso”, afirmou Jarbas Barbosa, durante a solenidade.
“Esse diploma é resultado da força da retomada e da competência do sistema de vacinação brasileiro”, declarou, por sua vez, o presidente Lula. Já a ministra Nísia exaltou a recertificação como um êxito da ação coordenada pelo governo federal, fruto do esforço conjunto de muitas frentes e do Sistema Único de Saúde (SUS).
O presidente também destacou o marco em postagem na rede social X: “Brasil livre do sarampo e da rubéola. Esse foi o recado dado pelo diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e diretor regional da OMS para as Américas, Jarbas Barbosa, e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Parte do grande esforço que fizemos, ao retornarmos ao governo em 2023, de retomar a ampla campanha de vacinação. Vacinas salvam vidas”.
Retrocesso nunca mais
O Brasil já havia alcançado, em 2016, o status de país livre do sarampo, mas o perdeu em 2018. A volta do vírus, decorrente das baixas coberturas vacinais, fizeram parte de uma gestão grotesca do Estado brasileiro sob Bolsonaro, que regrediu o país a patamares de vacinação similares aos de 1980.
“Mesmo diante desse cenário, o PNI enfrenta pela primeira vez um presidente da República e integrantes do governo que adotam um discurso antivacina”, escreveu o portal UOL, em matéria de 2021. Menos de três anos depois, a concentração de esforços liderada por Lula e pela ministra Nísia recolocam o Brasil no lugar de onde jamais deveria ter saído.
“Esse é um momento importante para reforçar o papel do nosso Programa Nacional de Imunizações e de toda a competência técnica espalhada pelo Brasil. Nossa câmara técnica tem trabalhado com comprometimento e dedicação para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Que este dia represente uma conquista e um desafio permanente, do qual não abriremos mão. A saúde exige cuidado, paciência e compromisso com a nossa população”, afirmou Nísia, na solenidade de recertificação.
Investimentos e ações em várias frentes
Para alcançar essa meta, Lula determinou investimentos em vacinação, assim que assumiu em 2023, principalmente nas fronteiras e locais de difícil acesso. O Ministério da Saúde (MS) agiu em várias frentes, com medidas coordenadas pelo Plano de Ação para reverificação do sarampo e sustentabilidade da eliminação da rubéola.
Busca ativa de casos suspeitos, Dia S de combate ao sarampo, oficinas de resposta rápida a casos de sarampo e rubéola e cursos online de manejo clínico de sarampo, por meio da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Unasus), compuseram a frente de batalha para que o Brasil alcançasse a recertificação.
Só no ano passado, o governo federal investiu mais de R$ 724 milhões em ações para a eliminação das doenças com aportes em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, além de oficinas para todos os estados brasileiros sobre microplanejamento e multivacinação.
As atividades, realizadas nos 5.570 municípios, seguiram modelo de microplanejamento recomendado pela OMS, com base no fortalecimento do acesso da população à vacinação durante todo o ano.
Dos 16 imunizantes do calendário nacional em 2023, 13 tiveram aumento na cobertura vacinal, incluindo a vacina tríplice viral contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A cobertura da primeira dose passou de 80,7%, em 2022, para 88,4%, em 2023. Em 2024, até o momento, já chegou a 92,3%.
(Agência Brasil/ Agência PT)
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