A prisão, efetuada pela Polícia Federal durante a Operação Cobiça, do comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar de Itaituba, coronel Pedro, pela prática dos crimes de roubo de cargas, roubo de ouro, fazer segurança privada e formar milícias é lapidar pela variedade dos delitos cometidos.
Claro que aqui não se vai responsabilizar o governador por eventuais malfeitos de subordinados seus, porém, certamente que essa "segurança privada" não era em benefício de humildes colonos ameaçados por grileiros, mas como mostra a tradição de nossa PM, essa proteção é sempre em favor de grileiros, desmatadores, latifundiários e por aí vai.
Roubo de cargas que deveriam abastecer populações através de seus comércios atacadistas e varejistas, bem como o desvio de cargas de ouro, são crimes de ordem mais pessoal e já estamparam a ostentação de quem amealhou patrimônio incompatível com os soldos da farda que vestiam, ainda hoje uma prática abominável.
Assim como os outros dois delitos, segurança privada e formação de milícias, são crimes de natureza mais política e estão entre as causas de ser o Pará o estado campeão na prática de incêndios florestais criminosos, algo que indica estar o governador dando palmada no bumbum errado, quando cobra dos prefeitos o combate a essas queimadas enquanto sua polícia dá pistas de estar protegendo os criminosos.
Enfim, trata-se de fato tão grave que exige do governador Helder Barbalho que não o ignore.
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