Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Hora de juntar os cacos


Sob os escombros da derrota da esquerda, ontem, em Belém, emerge a necessidade de um redesenho que a recoloque na disputa pelo poder no estado.

E o traço mais forte é a necessidade premente de se começar a trabalhar uma candidatura própria, que una as legendas de esquerda, centro esquerda e centro.

Um nome que não precisa ser oriundo do dia a dia da militância político partidária, mas, um nome acima da mesmice que tem ajudado o carreirismo a obter sucessivas vitórias.

Não que isto signifique a negação da política. Ao contrário. Que seja alguém que venha valorizar os debates na polis contra a fulanização verbalizada demagogicamente que só faz aumentar a abstenção eleitoral.

Lógico que há obstáculos, tanto de ordem eleitoral quando de ordem ético/partidária diante daqueles que fizeram votos de pobreza de espírito e não abrem mão de tentar reproduzir à esquerda a conservação de seus nichos através da vassalagem, carreirismo e compadrio praticados externamente.

As próximas eleições gerais vão representar um marco na luta contra o fascismo, daí a necessidade de se ter candidatos comprometidos com a consolidação da democracia e do crescimento econômico com justiça social reforçando-se, com efeito, a necessidade de um nome forte para o Executivo, bem como para o Legislativo.

Definitivamente, esgotou-se, se é que já não nasceu morta, a experiência de apoio ao MDB na medida em que esses oito anos de mandonismo barbálhico caracterizaram-se para organizações sociais por degustação permanente de batráquios impostos por um déspota de índole autoritária, oportunista, além de adepto da orientação neoliberal.

Em 2026, o atual governador aparenta orientar a escolha de sua candidatura usando os parâmetros da apatia e submissão, a fim de continuar movendo marionetes e exercendo seu mandonismo, provavelmente direto do Senado, quando deve ficar com uma das vagas em disputa, situação ultrajante para um estado que necessita desesperadamente de um modelo de desenvolvimento que nos livre da praga da dependência da exportação de commodities.

A título de ilustração: com a quase totalidade de deputados estaduais e federais sob sua batuta e tendo o irmão como ministro de uma pasta abarrotada de grana, o atual governador elegeu menos prefeitos do que em 2020; perdeu em cidades importantes como Marabá, Altamira, Castanhal e Ananindeua, este o segundo maior colégio eleitoral do estado e novamente governado por um pesadelo ao projeto emedebista. o que bem examinado sob as luzes fortes da serenidade mostra que o monstro não é tão horrendo quanto aparenta.

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