Em cerimônia realizada ontem, no Palácio do Planalto, o presidente Lula reclamou da ausência dos governadores, já que o evento era para anunciar o repasse de R$41,2 bilhões à mobilidade urbana nos estados.
O presidente enfatizou que ninguém é obrigado a gostar dele, mas, cobrou respeito à relação civilizada entre os entes políticos na medida em que ali não estão adversários políticos, e sim representantes de interesses do povo.
É claro que Lula não espera que um Zema, um Tarcísio, um Ratinho Jr, um Jorginho Melo, todos apaniguados do fascismo, estejam sensíveis ao convívio republicano, porém, chama a atenção que um Helder Barbalho, cujo irmão é ministro das Cidades, ignore evento dessa magnitude.
Pode até ser que asseclas do referido governador justifiquem a ausência citando a presença da vice, Hana Gassam, que necessita de visibilidade, pois é o nome que Helder trabalha para sucede-lo, o que constitui-se um despautério pelo óbvio motivo que essa capilaridade deve ser buscada nas agendas em território paraense.
Na verdade, não dá pra disfarçar que o governador paraense afasta-se do governo federal por questões que envolvem a sucessão municipal deste ano; Lula apoia, em Belém, a reeleição do psolista Edmilson Rodrigues, Helder, à revelia de qualquer conversa, lançou candidatura própria; Helder imiscui-se em questões internas do PT de Ananindeua, fora outras decisões do governador, que mais pareciam abraço de amigo urso.
Como ainda está viva na memória petista a trairagem do hoje governador, à época prefeito de Ananindeua, contra a campanha de Dilma Rousseff(2014), não dá pra dourar pílula. Hoje o governador do Pará é tão adversário do governo federal quanto os boçalnaristas acima citados.
2 comentários:
O interesse familiar dos Barbalho está acima de qualquer aliança política
Na visão caolha do clã, todos os interesses públicos devem ser submetidos à sua sede de poder
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