A expansão dos institutos federais é a perspectiva de um verdadeiro novo ensino médio

Ao lançar, ontem(12), a expansão do ensino técnico com a construção de 100 novos IFs, o governo Lula III parece ter colocado a pá de cal no famigerado modelo cívico/militar.

Embora não haja, pelo menos aparentemente, qualquer relação com o fato de no mesmo dia a justiça do Paraná ter condenado aquele estado a indenizar um professor impedido de falar sobre ditadura militar em uma unidade daquele tipo de ensino(sic).

Esses cem, pontapé inicial para a expansão em mais mil unidades até 2026, fazem parte da consolidação do modelo integrado de ensino, superando aquela dualidade anacrônica ora vigente no ensino médio, que dissocia o acadêmico do técnico, ao integrar todas as dimensões do conhecimento.

Outro desafio é, atualmente, os IFs trabalham com orçamentos com a mesma dotação de 2015, embora o número de matrículas tenha crescido 40%, nesse período, o que demandará mais recursos para que essa expansão venha pra ficar, afinal, o corpo discente desses institutos não chega a 5% do total dos matriculados no ensino médio em todo o país. Bem vinda essa expansão!