Os sinais emitidos hoje, a partir da informação do colunista Guilherme Amado no site Metrópoles, esvoaçam no rumo de Flavio Dino como substituto de Rosa Weber.
Primeiro, os concorrentes de Dino carecem de peso político pra vencer essa disputa; tanto Bruno Dantas, presidente do TCU(conservador) quanto Jorge Messias(AGU) carecem desse peso.
Segundo, a judicialização da política brasileira veio para ficar, basta ver como gente experiente em política espinafrou o voto do Zanin como se este tivesse se posicionado contra a descriminalização da maconha para usuários, quando apenas advertiu que não há lei anterior que defina a descriminalização.
Logo, a iniciativa do STF é que funcionou com força de lei substituindo o Poder Legislativo na descriminalização aprovada, deixando a iniciativa do Congresso a reboque, daí a necessidade de gente como Flavio Dino na Corte Suprema, que será presidida a partir de 28/9 pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Terceiro, a mexida ministerial, que provocou lamentos compreensíveis teve, como sempre ocorre, a intenção de evitar problemas em votações futuras, a perspectiva é que o nome do atual ministro da Justiça passe sem sustos no Senado, principalmente depois das sessões 'professor Raimundo' proferidas por Dino recentemente no parlamento.
Enfim, diante desse novo papel de nossa Suprema Corte cai por terra a convicção de que era prejudicial à esquerda retirar da política um quadro tão primoroso e confiná-lo em uma corte do Poder Judiciário, mesmo que fosse a Suprema Corte; agora se sabe que esta é hoje um dos mais decisivos espaços da política nacional, nesse momento discretamente dividido, porém, cobiçado à direita e da esquerda merecendo um contraponto.
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