Mamatocratas furibundos

Um general da reserva fazendo ameaças a um ministro do STF é a síntese da esculhambação institucional que Boçalnaro transformou o Brasil.

Essas mobilizações que clamam por um golpe definitivo contra a democracia, patrocinadas por empresários do agronegócio e transporte de cargas predominantemente, são a garantia que o caos vai até 31/12.

Pelo menos, a julgar pela convicção burra dos apoiadores do atual presidente, que pensam agir em nome de Deus, alienados da realidade do quadro social infame que ajudaram a criar e agora querem perpetuar como salvacionismo.

Enquanto isso, começam vir à tona uma série de desmandos administrativos e financeiros operados por esse governo moribundo, cuja último grande, descoberto pelo TCU, foi a concessão de auxílio emergencial a SETENTA E NOVE mil integrantes das Forças Armadas.

Talvez, aí resida o cerne do furibundismo dos que trocaram a farda pelo pijama, todavia, jamais deixaram de lado a raivosidade ideológica que estavam entre as lições ensinadas nos quartéis, sem contar o amor eterno à mamatocracia, que sempre esteve presente quando fizeram parte do governo..

É pouco provável, com efeito, que soframos qualquer turbulência institucional, principalmente depois que governos do mundo todo saudaram a mudança de ares institucionais que virão, após a vitória de Lula, dia 30 último; mas é certo, também, que o Brasil encontre mecanismos administrativos definitivos que coloquem o braço armado do estado nos limites constitucionais determinados. Chega de ranger de dentes, de farras homéricas com o dinheiro público ou recorrentes tentativas de quarteladas torpes.