Cada vez mais intragável o otimismo do jornal Diário do Pará, como se a situação do estado fosse uma maravilha e a do Brasil idem, torpe forma de desarmar espíritos contra governantes, em conjuntura socialmente tão adversa.
É o que dá apelar ao triunfalismo e a onipresença do dono da casa, como se qualquer adversidade, seja em qual for a esfera governamental, sempre tem a ver com a obsessiva busca de popularidade que o jornal faz pra imagem do Helder.
Exaltação à liderança do Pará na exportação de minério de ferro, uma commodity que vale aquilo que o mercado externo sentencia; concursos públicos prometidos desde o ano passado para o mês que vem e o aumento do salário mínimo são alguns desses ingredientes.
Claro que o governador paraense acerta em algumas medidas que toma, erra em outras e vai tocando o seu barco sem que sua popularidade dependa da situação geral do país, como tenta passar o noticiário indevidamente otimista do seu jornal.
Durante duas décadas, os governantes tucanos primaram pela saída existencialista de mazelas das suas gestões sentenciando que o inferno eram os outros, meio conveniente de transferir eventuais ônus e auferir as benesses daquilo que desse certo.
A onipresença de Helder, inclusive no plano abstrato, aumenta sua responsabilidade, impõe peso excessivo à sua avaliação e despreza algo que seria fundamental na conturbada conjuntura nacional ora vivida: um choque de realidade na imagem do atual governo.
2 comentários:
É um governo de muito oba oba. sem obras. Continua propagandeando obras de escolas, hospitais e até BRT metropolitano iniciadas no governo anterior. Agora embarca no PSM do Bengui que parece não sair do papel. Até o Hospital da Mulher que estava em sua propaganda política parece estar em uma placa do antigo hospital Incor, na Gentil Bitencourt, sem levar em conta os atropelos de vias engarrafadas e impacto no trânsito. Um governante que esperávamos fosse além, mas está bem aquém de seu pai. Pobre Pará sem rumo!
De fato, está muito aquém do primeiro governo do seu pai. Talvez, porque a qualidade do secretariado de Jader fosse muito superior a esse do Helder.
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