Após o fim da primeira guerra mundial, constatou-se que a indústria estadunidense havia superado a britânica em competitividade; após a segunda, os EUA viraram potência hegemônica ocidental, valendo-se dos tratados que impôs às terras arrasadas europeias do pós guerra.
Isto deve-se muito a um presidente capaz de fazer superar o grande trauma econômico de 1929, que arrastou os EUA à miséria de seu povo, dando a volta por cima ao criar um novo modelo centrado na produção maciça de bens duráveis e poder aquisitivo da população.
Franklin Roosevelt, o presidente autor da dita façanha, governou os EUA por quatro mandatos consecutivos, só não chegando ao quinto porque a doença degenerativa que o acometia pôs fim a sua vida, todavia, depois de sua morte, mesmo sendo o maior beneficiário dos horrores da II Guerra, os EUA nunca mais foram os mesmos.
Por isso, quando viralatas da laia de um FHC especulam fórmulas de presidencialismo imunes ao populismo golpista que nos assola há séculos, lembro dessa parte da história pra ilustrar que a solução fascista/republicana que permite apenas uma reeleição não é a melhor, muito menos tem autoridade moral para adjetivar modelos soberanos de escolha.
O Brasil vivia um ciclo governamental virtuoso, de 2003 a 2016, quando um golpe contra democracia interrompeu essa trajetória, trazendo de volta a expansão da exclusão social e mandonismo elitista; agora sob a égide do fascismo de futuro sombrio, exatamente porque vivemos sob um institucionalismo patrimonialista, anacrônico e senhorial, e sem nos livrarmos dele seremos sempre atrasados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário