A cada dia que passa, novas levas de arrependidos pela "escolha trágica" que levou um fascista miliciano à presidência do país renova-se, todavia, nenhum desses sacripantas pede desculpas pela concorrência de sua ação ou omissão para o desfecho.
Ao contrário, nos covis da mídia bandida renovam-se as cobranças ao Partido dos Trabalhadores por uma autocrítica, como se em algum momento o partido tivesse concorrido para que essa barbárie tivesse se instalado.
Cinismo e diversionismo. Quem fomentou o discurso de ódio, quem deu ampla cobertura jornalística, quem desvirtuou o papel de concessões públicas, transformando-as em furiosos partidos de oposição foi esse complexo midiático, agora de volta à sordidez que ensejou o golpe de 2016.
Jamais Lula e o PT foram tratados com a mínima honestidade profissional. O nível sempre foi aquele usado por Clovis Rossi, que em artigo para a FSP escreveu com todas as letras que o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes pela polícia londrina tinha as digitais de Lula.
De fato, o mineiro Jean Charles tinha saído daqui pra tentar uma vida melhor, já que por aqui não havia emprego; só que isso ocorreu antes de Lula assumir o governo, caracterizando-se, então, a empulhação de Rossi, que morreu e nunca desmentiu sua afirmação.
Desde quando Lula assumiu o governo, em 2003, até quando Dilma foi derrubada por um golpe de estado, em 2016, o Jornal Nacional(Rede Globo) gastou 70 horas do seu espaço para divulgar notícias negativas, na sua esmagadora maioria mentirosas contra o PT. Quem disseminou o ódio mesmo?
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