Vigaristas

O novo imposto, criado pelo agiota e rapace Paulo Guedes, não pode ser comparado a CPMF, nascida sob inspiração do grande brasileiro Adib Jatene.

A ideia de Adib era criar recursos a fim de financiar a saúde pública em um país que não respeitava sua Constituição Federal e a submetia à medicina mercenária, vulgo privada.

Já a tunga do agiota ora homiziado no Ministério da Fazenda, com o propósito de expandir ainda mais o poderio do rentismo, sequer disfarça seus objetivos.

Trata-se, cristalinamente, de tunga dos extratos médios pra baixo. Se a CPMF incidia sobre qualquer transação financeira, o esbulho do Guedes atinge apenas cartões(débito e crédito), saques e depósitos.

Ou seja, toda a parafernália parida em cassinos financeiros pra burlar o fisco e demais obrigações a que está sujeita qualquer transação bancária está isenta da pilhagem do agiota Paulo.

Até aqui, capas preta do parlamento repudiam pública e veementemente a criação do novo imposto. No entanto, sabe-se como o amolecimento desses corações ocorre por debaixo dos panos.

Garantida a incolumidade de suas respectivas transações mais tenebrosas, lógico que esses resistentes liderarão lá adiante a aprovação de mais essa pornografia tributária. Tem sido sempre assim.