Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O propinoduto do metrô de SP, a mídia comparsa e a velhinha da moto da crônica de Lalau


Enquanto a mídia bandida vociferava ferozmente contra dossiês de aloprados e mensalões, a banda do dinheiro lavado passava discretamente no rumo da Suíça a fim de irrigar campanhas políticas do PSDB em 2006, 2010 e 2012, tendo como provável beneficiário mor o hoje senador José Serra.

Como naquela velha crônica de Stanislaw Ponte Preta, em que uma velhinha passava todo dia de motos carregando sacos de areia na garupa, sendo revistada pelo guarda da fronteira que rasgava os sacos e nunca achava nada, até que, morrendo de curiosidade, ajoelhou-se e jurou que não denunciaria, só queria saber o que a macróbia figura contrabandeava e ouviu: motos.

Assim é esse enredo que criou um clima de comoção nacional contra a vilania petista, enquanto a moto da velhinha do PSDB passava todo dia no rumo da Suíça com milhões de dólares oriundos da propina paga pelas empresas de construção do metrô de São Paulo.

A Justiça da Suíça citou, pela primeira vez, a suspeita de que uma movimentação de R$ 43,2 milhões bloqueados em contas bancárias no país europeu tenha sido utilizada para irrigar o financiamento de uma campanha presidencial do PSDB. Os nomes dos suspeitos, contudo, não foram divulgados, conforme matéria do jornal O Estado de São Paulo, repercutida pelo site 247.

É a primeira vez, ressalte-se, porque o MP paulista e o MPF brasileiro nunca deram ouvidos ao MP suíço, este teve de se virar sozinho na investigação a respeito desse propinoduto até chegar nas provas que levaram a justiça daquele país a manifestar-se, sendo provável que outras declarações sejam dadas nessa mesma linha, mostrando a seletividade criminosa de autoridades brasileiras no combate à corrupção.

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