Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Generosidade em excesso pode fazer mal



Pedindo antecipadamente desculpas por eventual má interpretação a respeito da iniciativa, penso que o deputado Carlos Bordalo(PT) foi generoso além da conta com o futuro governador ao propor o aumento do percentual de remanejamento no orçamento do ano que vem, sem autorização do Poder Legislativo, dos atuais 25% para 50%.

Ora, se o atual governador mantém pendurados na folha do pagamento quase 16 mil servidores temporários, bem como mais de 600 DAS, é hora de se fazer um levantamento em todas as áreas a fim de detectar mau uso do dinheiro público a partir de exemplo tão gritante e certamente fator preponderante para que o atual gestor tenha sido o mais pífio dos últimos tempos no quesito investimentos públicos no desenvolvimento do estado.

A população precisa, por exemplo, saber o porquê de Simão protelar por meia década a conclusão de obra tão fundamental como o prolongamento da avenida João Paulo II, ainda inconclusa porque as passarelas não foram feitas, enquanto um ginásio de esportes que consumiu uns R$100 milhões foi entregue três anos antes da avenida e abre três quatro vezes ao ano.

Com efeito, inverter prioridades não pode vir de uma iniciativa oriunda de eventual ato monocrático de quem passa a ser visto como um governante de posse de uma procuração na qual vêm poderes discricionários, mas, deve o início de um governo que se pretende democrático ser marcado pela inversão comprovada do mau uso anterior em futuro trato sério da coisa pública, dentro da maior transparência possível.

Por isso, a overdose de bondade por iniciativa do deputado petista corre o risco de lá adiante virar feitiçaria sinistra, inclusive com grandes dificuldades de volta a percentual mais condizente com a realidade, passado o primeiro ano de governo, assim que forem reduzidos como os efeitos nefastos da "herança maldita". Tomara que não. 

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