The New York Times, nos EUA; The Guardian, na Inglaterra e Le Monde, na França, reportam-se a mais esse ataque da extrema-direita brasileira contra a democracia e contra a lisura de um processo eleitoral que já vinha conspurcado com a exclusão ilegal do favorito na disputa.
Com esses últimos ataques imorais à legislação, percebe-se que a tarefa não era apenas excluir Lula, mas, ganhar a eleição a qualquer custo, nem que para isso tivessem que recorrer a um celerado vassalo de Trump, bem como ao total desrespeito a lei.
A postura vacilante da justiça brasileira nos coloca sob a ameaça da reedição de um AI-1, aquele ato saído das Forças Armadas que extinguiu partidos, em 1965, e transformou a eleição presidencial daquele ano, até 1985, em eleições indiretas, depois de prometerem que devolveriam o poder aos civis tão logo depusessem Jango.
O resto da história dessa fatídica aventura sabemos como foi, assim como é assustador saber que a presidenta do TSE dará entrevista sobre o crime do candidato do PSL, denunciado ontem pela Folha de São Paulo, tendo ao seu lado um general servidor do Poder Executivo.
Desgraçadamente, os fatos históricos atuais nos levam a temer por uma nova aventura autoritária no país, tudo porque uma eleição limpa e democrática não seria suficiente para manter legitimamente o consórcio golpista no poder. Tal e qual aconteceu com Jango, que fazia um governo com mais de 70% de aprovação popular.
Lula saiu do governo com mais de 80% de aprovação. Foi sequestrado e encarcerado para não disputar. Ainda, assim, teve uma capacidade admirável de transferir votos ao sucessor. Deu nisso: fraude, empulhação, truculência, desprezo pelas leis e principalmente essa ameaça explícita da volta do autoritarismo. Triste!
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