Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Prefeitura confessa a imprestabilidade do 'expresso zenágua'



A pretexto de contestar nota publicada no jornal Diário do Pará, sobre o horário relâmpago de funcionamento dos ônibus do BRT, a prefeitura de Belém acaba confessando enviesadamente a imprestabilidade dessa criação monstruosa da dupla D. Costa/ Zenágua.

Primeiro, pelo horário de funcionamento do serviço, fintando a parte mais sufocante do horário de pico no trânsito. Segundo a própria carta confissão, funcionava das 8hs às 17hs; agora vai das 6:30hs às 18:30hs, mandando às favas aquela imensa legião de trabalhadores que larga o serviço depois das dezoito horas e passa em média duas horas dentro das geringonças de R$3,30.

Segundo, porque a inovação teratológica da dupla inverte estupidamente o significado dessa invenção do Jaime Lerner, cujos ônibus bi articulados vieram para retirar de circulação uma grande quantidade de coletivos que circulavam por uma região de trânsito denso, mas conduzindo poucos passageiros.

No caso do BRT belenense, foi invertido o sentido dessa medida. Aqui, são os ônibus bi-articulados que vão até o tumulto descarregar os usuários a fim de que esses tomem um outro coletivo que lhes leve a seu destino. Por exemplo, no caso de estudantes da UFPA, que podem usar os ônibus da frota municipal em seu restrito percurso até um ponto em que peguem o que vai à universidade.

Vigarice, diga-se. Já existe ônibus de quase todos os bairros ou distritos de Belém no rumo da Federal. Então, por que pegar o 'expresso zenágua', quase sempre a quilômetros de distância de onde mora o estudante, para depois pegar um ônibus que o conduza verdadeiramente a seu destino?

Burrice não é, embora seja flagrante a incompetência em todas as fases da execução desse desastrado projeto. Mas, está longe de ser burrice na medida em que é uma obra caríssima aos cofres públicos, seguramente desproporcional ao percurso que cobre, o que faz dela detentora do metro quadrado mais custoso em âmbito nacional para obras assemelhadas, logo, está mais pra esperteza.

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu amigo, moro no Paraná, interior. De vez em quando vou a Curitiba.
O maior câncer do trânsito de Belém e região é enorme quantidade de ônibus circulando. Se o BRT não diminuir a quantidade deles, tudo o que houve foi só transtorno para o povo, e dinheiro, muito dinheiro na conta de alguns.

Por que o prefeito não reduz o número de ônibus circulando? Talvez porque sejam eles, os empresários de transporte, que (também) financiam as campanhas políticas.

Enquanto isso, pobre povo.