O aço, o alumínio e a soberania brasileira levaram ferro

A taxação do aço e do alumínio brasileiro está na ordem do dia e dos próximos, mais pelo impacto político do que econômico, afinal, o Brasil vendeu durante o ano passado menos de três bilhões de dólares a compradores estadunidenses.

Seguramente leitoas, merdais, sarnentobergs e outros viralatas midiáticos que dormem ao relento da Casa Branca, mas estão prontos a avançar em quem ousa criticar os ditames dos governos dos EUA, dirão que a culpa é do Lula e sua política de orientação soberana, queriam o Brasil no NAFTA, o que nos livraria das atuais taxações, assim como ocorre com México e Canadá.

Desnecessário dizer que essa acusação é banditismo puro na medida em que todos sabem como a balança comercial brasileira expandiu-se após 2003, quando Lula saiu pelo mundo e fechou negócios com países de todo o planeta, culminando com a formação dos BRICS, que o golpismo torpe boicota criminosamente.

Proprietária da retórica golpista, a Rede Globo tenta desesperadamente provar ao povo que a imposição do programa do candidato derrotado à presidência em 2014, o drogado Aécio Neves, nada tem a ver com a piora da qualidade de vida do povo, transferindo a Lula o ônus de deixar uma herança maldita, banditismo dessa organização criminosa que sempre se posicionou contra os interesses populares.

A adoção submissa dessa neo colonização que os tecnocratas chamam de globalização, que agora o porra louca Trump mandou à merda, não passa de engodo contra interesses de outros países, de resto ignorados pelos 'donos do mundo' e defendidos por essas vassalos apátridas.

Mestre Noam Chomsky cita vários exemplos dessa vigarice, sirvo-me de um em que Chomsky faz referência ao celerado George Kennan, secretário de estado do malvado Woodrow Wilson, ex-presidente da nação ianque, que disse publicamente, "Os Estados Unidos consideram seus próprios interesses. A integridade das outras nações americanas é um mero acidente, não um fim".

E assim se expandiu esse domínio, consolidado a partir da hegemonia conquistada no Ocidente após a II Guerra Mundial, estendendo tentáculos nos quatro cantos do planeta, impondo esses interesses e cagando e andando para esses 'acidentes' que significam a soberania de outras nações.

Eleito sob a promessa de reaquecer a economia estadunidense, Trump tratou de operar em favor "das elites econômicas e grupos organizados representantes de interesses comerciais que se sobrepõe às políticas governamentais", independente de quem seja o eventual inquilino da Casa Branca.

Mr Donald dormia, sonhava e acordava todo dia com a imagem de um confronto entre as duas Coréias que seguiria com a terra arrasada na região, solidificando a hegemonia dos EUA a um custo menor que a manutenção do aparato bélico ora disponível.

Deu com os burros nágua, depois que as duas nações optaram pela diplomacia diante da óbvia constatação que nenhuma das duas ganhava algo com a guerra e a destruição de tudo aquilo que foi construído em séculos.

Enfurecido, o canastrão da Casa Branca mandou à merda a globalização, a retórica labiosa de seus vassalos, a economia mundial e partiu para o foda-se. Comprou briga com a União Européia, deve ter problemas com a indústria japonesa e dentro em breve será jantado pelo governo chinês, que aproveitará a tática estadunidense do avestruz para expandir ainda mais parcerias.

Resta saber como a diplomacia brasileira, sob o comando de um escroque, se posicionará diante desse fato. O certo seria reatar ligações que o golpismo rompeu dando enormes prejuízos aos cofres brasileiros, em favor dos interesses do tio Sam. Todavia, tudo que o governo não quer é romper os vínculos com esses 'grupos organizados', patrocinadores do golpe que depôs uma presidenta honesta pra por no poder uma quadrilha. Dureza!