Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Bobinhos!

Dizer que dinheiro de um partido para outro é corrupção ou compra de votos é ignorar completamente como são feitas as campanhas políticas no Brasil. Coligações oficiais ou oficiosas incluem trabalho, agenciamento de cabos eleitorais e financiamento direto ou indireto (via seus apoiadores - empresários, empreiteiros, lobistas - oficiais ou oficiosos) às campanhas visando objetivo imediato ou futuro.
Por exemplo, um deputado estadual ajuda campanhas de candidatos a vereador e a prefeito com o objetivo de que eles o apoiem dois anos adiante em sua reeleição a estadual, ou numa possível eleição a federal, governador, senador ou presidente.
Quando um partido se coliga a outro, recebe horário eleitoral do partido e, em troca, oferece material de campanha, verba, prestígio.
É assim que funciona em todo o Brasil, em todas as eleições.
Muitos empresários só fazem doações "por fora", dinheiro geralmente sonegado por eles em alguns dos muitos artifícios legais (às vezes também ilegais) que a legislação brasileira oferece.
Todo mundo sabe disso.
Mas, pelo visto, todo mundo, vírgula, menos os ministros do STF.
Por isso, a sugestão do título desta postagem. Que os ministros desçam do pedestal em que se colocaram e procurem ver como são as eleições, na prática, no Brasil brasileiro e verdadeiro.
Poderiam, como sugeri, começar com a cidade de Diamantino, no Mato Grosso, terra natal de um deles, o ministro Gilmar Mendes.
Lá, não há só caixa 2 e coligações partidárias, mas burlas à legislação, compra de votos e ameaças de morte, todas feitas, segundo acusações e processos na Justiça, pela família do ministro Mendes.
(Blog De Um Sem Mídia/via Justiceira de Esquerda)

Um comentário:

Anônimo disse...

É verdade que todos precisamos nos ajudar para que consigamos objetivos comuns, para o bem comum. Um parlamentar ou partido cooperando com outro em prol da formação de bancadas ou governos que visem melhorias para a população. Isso é o que queremos! Mas o que foi citado no teu texto é CORRUPÇÃO sim, e todos sabemos, mas fechamos os olhos, principalmente quando algum benefício, direto ou indireto, tiramos dessa situação. Aceitar "doações" "por fora" de sonegadores faz de um político o quê? Um BANDIDO tal qual o "doador" do dinheiro alheio. O julgamento do mensalão do PT mostra a cara política do STF e sua subordinação a grandes grupos empresariais e midiáticos, mas dá oportunidade ao país e ao PT de fazer o seu mea culpa. Quem hoje não vai cobrar que casos como o mensalão do PSDB e DEM e de tantos outros políticos corruptos fiquem sem punição. O certo, desde o início do Governo da Esperança (que se contrapôs ao medo), era que o PT buscasse se livrar dessas práticas nefastas e não reproduzi-las em nome de uma pseudo governabilidade, que em alguns casos só trouxe prejuízo aos trabalhadores. Lamento por José Dirceu, que para mim é uma figura ímpar na política brasileira, mas tudo tem seu preço. E espero que esse alto preço que o PT esteja pagando seja em prol de um país melhor no futuro.
Abraços,
Ney Cohen