A prefeitura de Belém desapropriou um esqueleto de imóvel no centro da cidade e, pelo noticiário 'chapa branca', pretende transformá-lo em shopping popular.
'Shopping popular', evidentemente, é o eufemismo usado para batizar mais um camelódromo que narizes excessivamente sensíveis a cheiro de povo apelidam esse tipo de confinamento.
O histórico dessas surradas tentativas de tirar vendedores ambulantes das ruas é marcada por sucessivos fracassos, todos esses auto explicáveis pelo contexto histórico que os caracteriza em determinado período.
Com efeito, vendedores ambulantes fazem parte da paisagem urbana de algumas cidades, Belém incluída entre as mais marcantes, e quaisquer tentativas de pasteurizar esses ambientes às custas da expulsão desse segmento econômico das ruas estará sempre fadado ao fracasso.
A julgar pelo perfil do pet/alcaide, um neoliberal com carteirinha de sócio dependente, que fechou um restaurante popular sem maiores explicações e tenta fechar um PSM, a iniciativa tende a ocorrer de cima pra baixo, a não ser que o período eleitoral faça o governador dar ordens ao seu preposto no sentido oposto.
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