Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

As trapalhadas de um novo Bozo


Depois do filmete que circula nas redes sociais, trazendo imagem do governador Tarcísio de Freitas fazendo elogios rasgados e exaltação ao legado deixado por Fernando Collor, acho muito difícil o governador unir todo o campo conservador em torno de seu nome.

O exemplo de Bolsonaro ainda está muito presente e deixou sequelas profundas, principalmente na Vênus Platinada e alguns dos seus satélites, daí parecer tiro no escuro tirar Lula e colocar no Palácio do Planalto um Bolsonaro 2.0, capaz de manter lépido e fagueiro o fascismo.

Isso é bom para o Lula? Claro. Significa que a midiazona e os setores oligárquicos adotarão uma postura republicana diante do petista?

Pelo contrário. A tendência é um aumento do bombardeio contra Lula, acelerando a defesa da austeridade e o rigor fiscal de fancaria do neoliberalismo.

A tendência é a adoção do modelo Centrão de presidencialismo compartilhado, onde um congresso conservador seja numericamente suficiente pra barrar os  eventuais avanços sociais propostos por Lula, assim como evitar que aventureiros de extrema direita dominem a pauta com sandices do tipo escola sem partido, surgindo, então, matérias que aprofundem a autonomia do Banco Central, por exemplo, e um leque de assemelhados.

Enfim, se Lula é favorito que seja. Porém, o parlamento nunca mais será como antes. Seu protagonismo invasivo veio para ficar nessa conjuntura em que uma boa parte de sua produção virá para limitar, e até confrontar, as prerrogativas do Poder Executivo. Até quando isto durará não se sabe. Sabe-se apenas que o fim dessa usurpação dependerá da mobilização eficiente dos setores progressistas, na perspectiva do restabelecimento do equilíbrio entre os três poderes.

Nenhum comentário: