O governador Helder Barbalho, com a truculência que lhe é peculiar, resolveu "revogar" o Dia do Professor e, através de uma portaria assinada pelo titular da Seduc, o fora da lei Rossiele Soares, mandou que o expediente fosse normal no dia de hoje, nas escolas estaduais.
Infenso à docência, como parece ser desde tenra idade, o governador resolveu exibir austeridade neoliberal e obrigar os professores olvidar eventuais celebrações em dia tão significativo pra quem dedicou sua vida à transmissão de saberes que libertam as pessoas das garras da ignorância.
Em vão, diga-se de passagem. Mesmo confinados entre os muros dos prédios onde emprestam sua labuta diária contra as trevas do obscurantismo, por onde se passa, onde haja uma escola, ouve-se os ruídos das comemorações que irmanam docentes, discentes, servidores e quem mais reverencia a educação.
Comprova-se, assim, que não há déspota, soba ou coronel que esteja acima daquilo que a sociedade constrói em suas relações de convivência, vale dizer, ordens emanadas do autoritarismo contra o fluxo quase natural dessa sólida construção social evaporam-se como seus autores no rumo do esquecimento, enquanto datas como Dia do Professor perdurarão per omnia secula seculorum. Simples assim!
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