Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Dinastia ao tucupi


Instigante. É o mínimo que se pode dizer a respeito do artigo escrito pelo jornalista João Salame, em seu site Opinião em Pauta, a respeito dos próximos passos políticos dos Barbalhos.

Salame conjectura sobre a possibilidade de Jader Filho vir a ser o candidato à sucessão do irmão; ou candidato a deputado federal; Elcione Barbalho candidata à Alepa e JF candidatar-se à vaga aberta por ela; Helder ser o vice de Lula e por aí vai.

Vamos destrinchar esse peixe pescado pelo Salame, enquanto os ingredientes são escolhidos para temperá-lo.

Jader Filho candidato ao governo não parece algo tão distante assim: basta que seu irmão, Helder, renuncie ao cargo que ora ocupa em abril de 2026, prazo limite para tornar o irmão elegível, completando-se este seu segundo mandato pela vice governadora Hanna Ghassan.

Aí não seria necessário descer Elcione pra Alepa, a fim de abrir brecha no parlamento para o outro rebento do casal Jader/Elcione, até mesmo porque JF adentrou nesse mundo pelo andar mais alto nessa hierarquia, ao assumir o Ministério das Cidades, inquestionavelmente um dos mais adubados em termos de recursos financeiros.

Assim, Elcione poderia ir para mais um mandato à Câmara Federal, Jader, pai, pode sonhar com o Tribunal de Contas da União, Helder disputar uma das duas vagas ao Senado Federal e Jader Filho concorrer à sucessão, de fato, do próprio irmão, embora venha receber a faixa das mãos da governadora em exercício por uma gestação, ops, exercício por nove meses.

Há, ainda, o sonho familiar de emplacar Helder como vice de Lula na segunda reeleição deste, algo que dependeria de uma circunstância até aqui pouco provável, da desistência de Geraldo Alckmin permanecer como vice, para disputar o governo do estado contra Tarcísio de Freitas, uma jogada de alto risco, dada a força do atual governador junto ao agronegócio que o torna praticamente imbatível.

Resumo do folheto da ópera escrita por Salame: o MDB perde em Belém e Ananindeua e a conta cai nas costas do governador, que  seria responsabilizado pelo pai e pelo irmão de má condução do processo sucessório, em 2024, restaria, então, a Helder aceitar a mudança de rumos, abrir mão da candidatura à sua sucessão da sua fiel escudeira financeira, em favor do irmão, em nome da manutenção do comando do estado em mãos da família, com o restante do acima descrito permanecendo sem alterações. A conferir 

2 comentários:

Anônimo disse...

Analise perfeita

Anônimo disse...

Helder vice de Lula era em outro cenário, de um governador forte e em diálogo com diferentes forças. Depois das molecagens do Helder, ninguém mais levanta essa possibilidade.