Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Cacoetes


Mais do que um simples joguinho de cena pra adubar a audiência, essas briguinhas entre comentaristas globais, ao vivo na telinha, parecem obedecer uma disputa entre duas concepções do jornalismo sempre partidarizado, praticado pela emissora.

O geógrafo Demétrio Magnolli parece defensor ferrenho do magister dix que vigorou no tempo das vacas gordas, quando uma sentença de um comentarista global significava a condenação do desafeto, como fez ontem ao acusar que Flávio Dino não possui notório saber jurídico.

Já Gerson Camarotti, que sustentou a discussão contra o arrogante ex libelista, é daqueles que tentam salvar a credibilidade da emissora medindo e pesando a repercussão daquilo que será defendido como mote da abordagem jornalística das situações em exame, diante da opinião de autoridades de fato nos respectivos assuntos.

Camarotti não poderia ser mais explícito, ao contestar a sentença condenatória verbalizada pelo geógrafo, ao enfatizar que Flávio Dino teve sua competência ressaltada por inúmeros ministros da nossa Suprema Corte, além de lembrar que Dino foi aprovado em 1º lugar para o cargo de juiz federal, algo que atesta seu saber jurídico.

No meio desse tiroteio está o telespectador, vitimado por um jornalismo nascido, na República Velha, adubado ao gigantismo pelos gorilas da quartelada de 1964 e hoje, mesmo lipoaspirado pelas circunstâncias históricas, ainda vê alguns dos seus viciados no uso da força bruta para impor-se bem mais do que caberia a um veículo de comunicação, agindo como o partido político mais longevo e conservador da nossa república. Melhor evitá-los. 

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